Affonso Romano de Sant’Anna dirigiu o Departamento de Letras da PUC/RJ, trazendo pensadores como Michel Foucault e reorientando, com sua equipe, os estudos literários no país. Como presidente da Fundação Biblioteca Nacional (1991-1996), criou o Sistema Nacional de Bibliotecas, o Programa Nacional de Incentivo à Leitura (Proler), informatizou e modernizou a instituição, desenvolvendo programas de exportação da Literatura nacional, do qual resultou a escolha do Brasil como tema da Feira de Frankfurt (1994) e do Salão do Livro de Paris (1996). Professor em várias universidades brasileiras, lecionou também nos Estados Unidos, na França e na Alemanha. Como cronista, substituiu Carlos Drummond de Andrade no 'Jornal do Brasil'. Sua obra poética está em 'Poesia Reunida' (L&PM). Ensaios específicos sobre questões da arte hoje são encontrados em 'O enigma vazio', um dos cerca de cinquenta livros publicados.
Há várias maneiras de começar este artigo, e a primeira seria afirmar que o ministério da Cultura foi criado segundo um modelo francês e hoje está preso a um modelo de orientação populista. Claro que tanto no modelo francês quanto no modelo populista introduzimos algumas originalidades e/ou contribuições. Há uma consonância entre essa política e a aproximação, sobretudo, com certos países latino-americanos. História tumultuada.