Artigo publicado na edição de número 70 da revista Interesse Nacional
Bolsonaro e o Bolsonarismo são exemplos dos usos políticos da Israel imaginária – embranquecida, cristã e à espera da segunda vinda de Cristo -, algo bastante distante de Israel real. Pouco importam as complexidades israelenses, as diversas identidades envolvidas, a questão palestina, as contradições enquanto nação, tudo isso é simplificado em uma visão idealizada do país
Quando lamentamos a ‘crise da diplomacia’, talvez estejamos errando o alvo. A diplomacia não desaparece nos conflitos – ela muda de função. Trata-se de uma técnica de gestão das relações entre Estados, que pode ser usada para negociar tratados de paz ou para ameaçar com credibilidade. Ela é parte do jogo político, e não seu substituto. O que está em crise é a política
Neste episódio, os embaixadores Eduardo Gradilone e Rubens Barbosa conversam com Felipe Camargo sobre a situação geopolítica no Oriente Médio, com foco nas consequências dos ataques recentes e a busca por um cessar-fogo em Gaza, destacando a complexidade dos interesses de Irã, Israel e Estados Unidos.
No programa desta semana, Felipe Camargo faz três perguntas ao presidente do Irice, o embaixador Rubens Barbosa, sobre a reunião do Brics no Rio de Janeiro, o tarifaço de Donald Trump e novo partido político de Elon Musk.
A repercussão política das notas emitidas pelo Itamaraty após os ataques ao Irã revela um quadro mais frágil do que se imagina: acirra-se a polarização, aumenta o desgaste do governo e, consequentemente, empobrece o debate democrático
Deliberadamente apressada, a presidência brasileira do BRICS preparou uma Cúpula modesta em acordos multilaterais. Ao longo do ano, apresentou eventos reduzidos no escopo da agenda institucional, e poucas atividades no escopo da Diplomacia Pública
Artigo publicado na edição 70 da revista Interesse Nacional analisa o papel da IA na diplomacia
A ideia de interesse nacional, alicerçada na democracia e na inserção internacional, revela-se essencial para o Brasil definir seu papel no mundo. Políticas que fragilizam esses valores, como o protecionismo econômico e a diplomacia partidarizada, ameaçam o desenvolvimento, a credibilidade e a capacidade do país de avançar em meio a desafios globais
Apesar dos sinais de abertura com a posse do presidente reformista Pezeshkian e do esforço brasileiro por uma aproximação diplomática, o Irã segue preso a tensões internas, sabotagens externas e ameaças crescentes, num cenário que põe em risco qualquer chance de cooperação e estabilidade na região