Neste episódio, as professoras Fernanda Nanci Gonçalves e Patricia Nasser de Carvalho trazem uma visão da política ambiental nacional e como ela afeta nossas relações de mercado internacional, principalmente o acordo Mercosul x União Europeia
O debate energético continua marcado por paradoxos. De um lado, uma racionalidade técnica que ignora o pensamento social; de outro, um discurso que, por vezes, flerta com o irracionalismo, como se fosse possível viver sem energia ou prescindir de sua mediação material
Segundo Luciano Nakabashi, o governo tem priorizado, em suas propostas, o aumento da receita, com elevação dos impostos, o que produz insatisfação social
Embora o foco esteja nas duas maiores economias do mundo, os efeitos indiretos desse pacto devem ser sentidos em países como o Brasil, que ocupa papel ambivalente na geoeconomia global: potência agrícola, mas dependente de insumos externos para tecnologias avançadas e energias limpas
O Pacto Verde Europeu e novas regras ambientais da UE impõem desafios às exportações brasileiras e às negociações do Acordo Mercosul-UE. Entre pressões por padrões sustentáveis, tensões diplomáticas e contradições internas, o Brasil busca equilibrar defesa de sua soberania regulatória com a necessidade de preservar credibilidade ambiental e garantir acesso ao mercado europeu.
Com as novas regras, passa a ser regulada a entrada de sete produtos de base (carne bovina, café, cacau, soja, madeira, óleo de palma e borracha) e seus derivados. Para alcançar tais metas, o EUDR impõe deveres a operadores e comerciantes (com exceções para micro, pequenas e médias empresas), que fazem chegar esses produtos ao mercado europeu
Especialista em patologias aviárias analisa a estratégia brasileira para combater o H5N1 e impedir sua disseminação no país
Com a volta de Trump e seu viés protecionista, negociar com os EUA exige mais do que pragmatismo: requer conhecimento das regras da OMC e cautela diante de acordos frágeis, sem mecanismos confiáveis. Renegociações tarifárias fora das normas multilaterais são arriscadas e, para países como Argentina e Brasil, podem representar retrocessos estratégicos no comércio internacional
A atuação será estruturada em três eixos: políticas de fomento à exportação, estratégias de negociações comerciais bilaterais e multilaterais, e infraestrutura logística para exportações e integração sul-americana
Sistemas de propriedade intelectual (PI) ajudam a garantir previsibilidade para investimentos em pesquisa, transferência de tecnologia e cooperação entre países