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Interesse Nacional

Claudio Goncalves Couto

Cláudio Gonçalves Couto é cientista político, professor do Departamento de Gestão Pública da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP) e eventual colunista de política do jornal Valor Econômico.

A necessidade de um governo de reconstrução nacional

23 dezembro 2022

O cientista Cláudio Couto avalia que na era da antipolítica, o que outrora seria fraqueza para qualquer um que almejasse a presidência da república, converteu-se em trunfo. Foi a “marginalidade” que conferiu a Bolsonaro aparência de outsider. Neste artigo, o autor trata dos desafios que o legado da gestão bolsonarista coloca para o terceiro mandato de Lula. O entendimento do que será herdado é o caminho para se vislumbrar o que virá. “Prefiro a designação de “marginal” à de “outsider”, considerando a trajetória de Bolsonaro em seus 30 anos de carreira”. Ele é chefe de um empreendimento político-familiar longevo, bem-sucedido eleitoralmente e nacionalmente conhecido, mesmo que por suas bizarrices.

2014 e o Futuro do PT: Novas Eleições Críticas?

08 janeiro 2015

O pleito de 2014 ocorreu em um cenário político consideravelmente modificado em relação ao de quatro anos antes, quando o presidente Lula, no auge de sua popularidade, elegeu com facilidade Dilma Rousseff e ajudou na vitória de um bom número de parlamentares e governadores petistas. Desta feita, a candidata à reeleição teve de lidar com uma situação política bem menos confortável do que aquela que lhe catapultou do quase anonimato eleitoral à Presidência da República.

As Eleições de 2010 e o Sistema de Partidos no Brasil

01 janeiro 2011

As eleições presidenciais de 2010 repetiram duas tendências que têm aparecido nas últimas disputas presidenciais: 1) pt e psdb protagonizam a disputa nacional, com pouco espaço para que uma terceira força venha à tona de forma realmente competitiva; 2) os partidos de direita tornaram-se irrelevantes na disputa nacional, ocupando, no máximo, o posto de coadjuvantes em coligações lideradas pelos dois protagonistas. A primeira tendência tornou possível ao pt optar por imprimir à disputa presidencial de 2010 um caráter plebiscitário. Já a segunda tendência contribuiu para que a campanha tucana desse uma forte guinada à direita.