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domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init
action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/storage/c/6b/bd/interessenaciona1/public_html/wp-includes/functions.php on line 6114Cláudio Gonçalves Couto é cientista político, professor do Departamento de Gestão Pública da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP) e eventual colunista de política do jornal Valor Econômico.
O cientista Cláudio Couto avalia que na era da antipolítica, o que outrora seria fraqueza para qualquer um que almejasse a presidência da república, converteu-se em trunfo. Foi a “marginalidade” que conferiu a Bolsonaro aparência de outsider. Neste artigo, o autor trata dos desafios que o legado da gestão bolsonarista coloca para o terceiro mandato de Lula. O entendimento do que será herdado é o caminho para se vislumbrar o que virá. “Prefiro a designação de “marginal” à de “outsider”, considerando a trajetória de Bolsonaro em seus 30 anos de carreira”. Ele é chefe de um empreendimento político-familiar longevo, bem-sucedido eleitoralmente e nacionalmente conhecido, mesmo que por suas bizarrices.
O pleito de 2014 ocorreu em um cenário político consideravelmente modificado em relação ao de quatro anos antes, quando o presidente Lula, no auge de sua popularidade, elegeu com facilidade Dilma Rousseff e ajudou na vitória de um bom número de parlamentares e governadores petistas. Desta feita, a candidata à reeleição teve de lidar com uma situação política bem menos confortável do que aquela que lhe catapultou do quase anonimato eleitoral à Presidência da República.
As eleições presidenciais de 2010 repetiram duas tendências que têm aparecido nas últimas disputas presidenciais: 1) pt e psdb protagonizam a disputa nacional, com pouco espaço para que uma terceira força venha à tona de forma realmente competitiva; 2) os partidos de direita tornaram-se irrelevantes na disputa nacional, ocupando, no máximo, o posto de coadjuvantes em coligações lideradas pelos dois protagonistas. A primeira tendência tornou possível ao pt optar por imprimir à disputa presidencial de 2010 um caráter plebiscitário. Já a segunda tendência contribuiu para que a campanha tucana desse uma forte guinada à direita.