Este texto é uma republicação do site The Conversation sob uma licença Creative Commons. Leia o artigo original em https://theconversation.com/br
Por Jorge Felix* Um dos maiores desafios socioeconômicos do século XXI é o envelhecimento da população. O mundo inteiro envelhece, apenas se diferenciando no ritmo em cada país. A transição demográfica ocorre sobreposta a outras transições tão desafiadoras quanto: a ambiental, a epidemiológica e a digital, sendo a populacional um pano de fundo para todas […]
A retórica inflamada de Trump, caracterizada por anúncios inesperados e prazos alterados, gera um ambiente de profunda imprevisibilidade econômica e volatilidade nos investimentos. Esse desalinho dificulta o planejamento de longo prazo para empresas e governos, promovendo um ambiente instável que fragiliza mercados e reduz a confiança global
O desafio enfrentado pelo Brasil e demais potências médias (para não mencionar aqueles que até aqui eram considerados aliados dos Estados Unidos), diz respeito, não apenas à proteção de suas economias, mas também do espaço necessário para a formulação de uma política externa autônoma
Ao ameaçar o Brasil com tarifas punitivas, o presidente dos Estados Unidos está mandando um recado claro: mexer com as Big Techs terá custos. E esses custos serão impostos sob a máscara de um nacionalismo econômico que, na prática, serve ao poder corporativo do Vale do Silício
O que o Brasil pode aprender com os casos anteriores? Talvez o principal ensinamento esteja na postura de altivez serena. A presidente do México, Claudia Sheinbaum, foi exemplar. Falou ao povo mexicano, recusando-se a subir ao picadeiro de Trump
Do ponto de vista jurídico, a medida colide frontalmente com os parâmetros do direito internacional. A Organização Mundial do Comércio (OMC) exige que tarifas sejam implementadas com base em fundamentos econômicos legítimos, não como retaliação a julgamentos de assuntos internos pelo Poder Judicial de um país soberano
Bolsonaro e o Bolsonarismo são exemplos dos usos políticos da Israel imaginária – embranquecida, cristã e à espera da segunda vinda de Cristo -, algo bastante distante de Israel real. Pouco importam as complexidades israelenses, as diversas identidades envolvidas, a questão palestina, as contradições enquanto nação, tudo isso é simplificado em uma visão idealizada do país
Grupo das sete maiores economias do mundo tomou uma decisão que abalou o sistema fiscal internacional: as multinacionais sediadas nos Estados Unidos (e, em parte, no Reino Unido) passaram a ser isentas do complemento do imposto mínimo global de 15%
A repercussão política das notas emitidas pelo Itamaraty após os ataques ao Irã revela um quadro mais frágil do que se imagina: acirra-se a polarização, aumenta o desgaste do governo e, consequentemente, empobrece o debate democrático
Deliberadamente apressada, a presidência brasileira do BRICS preparou uma Cúpula modesta em acordos multilaterais. Ao longo do ano, apresentou eventos reduzidos no escopo da agenda institucional, e poucas atividades no escopo da Diplomacia Pública
Com a liderança de Dilma Rousseff pelo seu segundo mandato, o NDB vem ampliando seus membros e estabelecendo diversas parcerias com bancos nacionais e subnacionais no Brasil, com o intuito de impulsionar o financiamento verde com custos reduzidos e melhores condições às economias emergentes e aos países em desenvolvimento
O Brasil pode adotar uma postura de maior investimento em defesa, aproveitando para modernizar suas forças armadas e gerar inovação tecnológica. Ou pode reforçar sua vocação de mediador, apostando em mecanismos de segurança coletiva, diplomacia e cooperação regional
Até o momento, porém, este não parece ser o início de uma guerra nos moldes do século XX, e sim mais um capítulo do modelo de guerra que os EUA vêm aperfeiçoando desde 11 de setembro de 2001: intervenções pontuais, juridicamente ambíguas, tecnologicamente sofisticadas e de alto impacto midiático
Se o Brics quiser se tornar uma força transformadora, é necessário reforçar a coordenação interna e ampliar parcerias com outros países em desenvolvimento
Como se formam as opiniões na era da guerra ao vivo? A mídia corporativa, aliada do complexo político industrial militar, abre o teatro de operações comunicacional em que as narrativas transformam a guerra em espetáculo e mercadoria
O Irã nunca esteve tão fraco como agora. E quando Trump disse que poderia levar duas semanas para decidir se bombardearia o Irã, os israelenses provavelmente o pressionaram a agir mais rapidamente.
Trump e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, esperam que os ataques acabem com o programa nuclear do Irã de uma vez por todas. A operação soará a sentença de morte para a ordem global pós-Segunda Guerra Mundial
Por Philip Fearnside* O projeto de lei 2.159/2021, conhecido como “PL da Devastação”, está a poucos dias de ser aprovado pelo Congresso Nacional. Sem meias palavras, o projeto tem potencial para essencialmente extinguir o sistema de licenciamento ambiental brasileiro. Apesar do discurso ambientalista do presidente Lula, o projeto aparentemente conta com a aprovação tácita do […]
Embora Trump continue a pressionar o Irã para aceitar um acordo, as negociações estão fora de cogitação por enquanto. Trump não conseguirá persuadir Netanyahu a interromper a campanha de bombardeio para reiniciar as negociações
A forma como o Brasil se colocou revela mais do que pretende esconder. É uma resposta que parece moldada para não comprometer ninguém, tampouco oferecer qualquer consequência prática. O Brasil reagiu de forma rápida, mas não ousou sair da moldura confortável das fórmulas diplomáticas genéricas. A crise, no entanto, exige bem mais que isso