SUS do século XXI será cada vez mais digital

Ana Estela Haddad 26 junho 2024

A secretária do Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad, e o filósofo, Renato Janine Ribeiro, destacam no artigo a quatro mãos que a realização da pauta “digital” na área pública não consiste simplesmente na inovação dessa ou daquela tecnologia tal como está sendo orientada pelas atuais — e dominantes — forças políticas e econômicas transnacionais. Ressaltam o papel crítico e capaz de produzir transformação do que entendemos como “saúde digital” de forma que essa ideia se manifeste por meio de projeto técnico, político, econômico, social, cultural e ético.

Uma criança não alfabetizada é prejuízo para o futuro da sociedade

Veveu Arruda 26 junho 2024

Veveu Arruda, político com trajetória dedicada à educação, apresenta projeto bem-sucedido no Ceará, já replicado em outros estados do país, que busca sanar o drama nacional sintetizado em pesquisas que apontam o fato de que 56% das crianças brasileiras terminam o 2º ano do Ensino Fundamental sem serem consideradas alfabetizadas. Um dado cruel da ineficiência do direito de aprender a ler e a escrever na idade adequada, negligenciado na educação básica e que prejudica toda a trajetória escolar, comprometendo a aquisição de outras aprendizagens e o futuro do Brasil.

Lava Jato, STF e Elon Musk: corrupção e democracia em combate

O advogado Luiz Eduardo de Almeida explora em seu texto as relações entre a Operação Lava Jato, o STF e os atuais embates entre Elon Musk e o Supremo Tribunal Federal: “À primeira vista inexistentes, elas revelam uma teia intrincada e sutil entre o processo de combate à corrupção e a defesa da democracia, gerando reação de agentes públicos e estruturas complexas— públicas e privadas — a esse movimento”.

As mídias digitais e a democracia no Brasil contemporâneo

Arthur Ituassu 26 junho 2024

Arthur Ituassu avalia a capacidade de as mídias sociais “equalizarem” os contextos eleitorais. Seu objetivo é analisar três das muitas consequências para a política e a democracia relacionadas ao uso desse canal, diante de consequências como desinformação, segmentação e radicalização. Este texto pretende debater cada uma delas, refletindo sobre seus efeitos no cotidiano do país. Para chegar aí é fundamental contextualizar as mudanças recentes que afetaram os sistemas de mídia em todo o planeta, acentuadas pelo avanço da IA.

Teoria crítica da IA: libertação e sustentabilidade

O filosofo Nythamar de Oliveira reflete sobre a ética da Inteligência Artificial, que surgiu como um campo caracterizado por questões normativas sobre o potencial aparentemente infinito e imprevisível da IA — algo que desafia o controle humano de algoritmos e processos de aprendizado de máquinas. Ao lidar com a ética da IA enfrenta-se o problema do alinhamento de valores e reformula-se a crítica do poder, com vistas a desvendar práticas que resistem à dominação sistêmica, visto que não se pode esperar que a IA desenvolva preferências morais.

Uma abordagem sustentável para o desenvolvimento da Amazônia

Celso Pansera 26 junho 2024

Celso Pansera e Ima Célia Guimarães Vieira, estudiosos do tema, destacam a importância do desenvolvimento de uma política nacional de bioeconomia adaptada às realidades regionais, orientando a transição para um modelo econômico mais sustentável e inclusivo. Expõem neste artigo os desafios e as perspectivas para uma Política Nacional de Bioeconomia, que, sabem, enfrentará desafios consideráveis devido à diversidade de conceitos e iniciativas que envolvem cooperação entre entes públicos, organizações da sociedade civil e entidades privadas.

Brasil na encruzilhada entre liderança ou estagnação no mercado de carbono

Lúcia Aragão 26 junho 2024

Lúcia Aragão, advogada com atuação no mercado de carbono, escreve sobre o que considera importante ferramenta na luta contra as mudanças climáticas, que ainda é penalizada no Brasil pela ausência de regulamentação específica, gerando obstáculo para seu pleno aproveitamento. Esse segmento apresenta enorme potencial tanto no mercado voluntário quanto no regulado. No entanto, a demora na implementação de legislação impede o posicionamento do país como protagonista global na área.

Itaipu e a contribuição da diplomacia

Eduardo Santos 26 junho 2024

O diplomata Eduardo Santos rememora — no embalo dos 50 anos do tratado que deu vida à usina hidrelétrica binacional de Itaipu — os fatos históricos sobre a contribuição da diplomacia na construção dessa portentosa obra, a única do sistema elétrico brasileiro que não foi concebida pela Eletrobrás nem pelo Ministério das Minas e Energia, mas pela atuação do Itamaraty. Envolveu a elaboração de tratado arquitetado com a finalidade de regulamentar a construção e o funcionamento da mais importante obra de integração física e energética da América do Sul.

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