Arthur Ituassu avalia a capacidade de as mídias sociais “equalizarem” os contextos eleitorais. Seu objetivo é analisar três das muitas consequências para a política e a democracia relacionadas ao uso desse canal, diante de consequências como desinformação, segmentação e radicalização. Este texto pretende debater cada uma delas, refletindo sobre seus efeitos no cotidiano do país. Para chegar aí é fundamental contextualizar as mudanças recentes que afetaram os sistemas de mídia em todo o planeta, acentuadas pelo avanço da IA.
Enfim, aconteceu: os chamados “evangélicos” “termo-valise que significa hoje o que quer que queira quem o enuncia, frequentemente autoassertividade, para os de dentro, e ameaça, para os de fora “conquistaram cargos executivos de alta importância na política brasileira. Uma história que se arrastava desde meados dos anos 1980 e que seguiu um script improvisado, cheio de atalhos, muita controvérsia e muitos percalços (derrotas, tentativa e erro e oportunismos flagrados), chegou a um desfecho tão inesperado (visto desde aquele ponto de partida) quanto indesejado para um amplo segmento das elites políticas, sociais e culturais.