Hayle Melim Gadelha é colunista da Interesse Nacional, diplomata e doutor em relações internacionais pelo King’s College London. É autor do livro "Public Diplomacy on the Front Line: The exhibition of modern Brazilian paintings". (Anthem Press).
Quando a diplomacia culinária e a gastrodiplomacia caminham lado a lado, dão-se as condições para que os representantes estatais alcancem melhores entendimentos e promovam relacionamentos duradouros de confiança entre suas sociedades
Primeiro ano do novo governo teve mais acertos que tropeços em processo de soerguimento institucional e amadurecimento político. Para diplomata, ao passo em que devemos beneficiar-nos da potente reputação cultural já construída, é necessário, também, mitigar persistentes percepções negativas
Pouco conhecido no exterior até a Segunda Guerra Mundial, o Brasil tem a prioridade histórica de buscar ampliar seu status internacional. Para diplomata, o país está em situação mais vantajosa atualmente, mas as políticas públicas e as mensagens que as acompanham têm de ser duradouras, consistentes e condizentes com a gravidade da situação global
O diplomata Hayle Melim Gadelha avalia que o mandato que principia em 1º de janeiro de 2023 será definidor do lugar do Brasil em uma ordem que ainda se desenha. Para que possamos ser respeitados, devemos eleger participar, com peso próprio e independência, da construção do mundo que surgirá após a pandemia e a guerra. “É momento de despir-se do futuro inalcançável e edificar o presente sustentável”, defende. A imagem do país, hoje associada à devastação ambiental, ao recrudescimento da fome e à violência, precisará estar no centro de qualquer projeto político de recuperação do País.