Jessé Souza

Jessé Souza

é sociólogo, advogado, professor universitário, escritor e pesquisador brasileiro, que atua nas áreas de Teoria Social e de estudos sobre a desigualdade e as classes sociais no Brasil contemporâneo

A ascensão da extrema direita no Brasil

07 abril 2025

O Brasil vive este pêndulo há cem anos. Os governos populares, que são industrializantes e investem em infraestrutura, formam um patrimônio estatal importante que os golpes de Estado visam, precisamente, transferir para os bolsos privados de uma meia dúzia de especuladores nacionais e, muito especialmente, estrangeiros

A ascensão da extrema direita no Brasil

27 março 2025

Não foi por acaso que a “elite do atraso” tenha entrado de cabeça na atual onda da extrema direita, a qual foi pavimentada, precisamente, pela “lava-jato”. Ao tentar acabar com o partido popular hegemônico até então, que era o PT, a lava-jato – apoiada pela elite e sua imprensa venal – termina por criminalizar toda […]

A Cegueira do Debate Brasileiro sobre as Classes Sociais

01 outubro 2014

O objetivo deste texto é refletir acerca das assim chamadas “classes populares” no Brasil contemporâneo. Para isso usarei como mote polêmico tanto a discussão pública acerca da assim chamada “nova classe média” quanto também as assim chamadas “jornadas de junho” de 2013. Minha tese é que o tema da produção e reprodução das classes sociais no Brasil – que poderia estruturar uma concepção verdadeiramente crítica sobre o Brasil contemporâneo – é dominado por uma leitura “economicista” e redutora da realidade social.

A Parte de Baixo da Sociedade Brasileira

01 julho 2011

Os emergentes são a maior novidade econômica, social e política do Brasil na última década. Quando se chamam os emergentes de “nova classe média” está se querendo dizer que o Brasil está se tornando um país de primeiro mundo, onde as classes médias e não os pobres formam o grosso da população. Isso, infelizmente, ainda está muito longe de ser verdade. Os “batalhadores” se assemelham muito mais a uma classe trabalhadora precarizada típica do contexto social do pós-fordismo, sem direitos e garantias sociais, que trabalha de 10 a 14 horas por dia, estuda à noite e faz bicos nos fins de semana.