Foi professor da Faculdade de Economia e Administração e da Fundação Instituto de Administração, ambas da Universidade de São Paulo. É membro da Academia Paulista de Letras
No seu artigo, o sociólogo José Pastore analisa as consequências sociais da tecnologia na sociedade. A globalização e a modernização prometeram um mundo mais igualitário, mas, com o tempo, geraram muitas contradições e rescente desigualdade. Nos últimos anos, o sentimento de perda potencializado pelas redes sociais, mina a saúde de muitas democracias. Por força da entrada aciça de tecnologias no ambiente de trabalho, a classe média está sendo espremida, observando-se, em contrapartida, ligeiro crescimento das classes mais altas e grande expansão das mais baixas, o que agrava a desigualdade social. É a polarização do trabalho provocada pelo avanço tecnológico.
A cada dia a imprensa publica uma nova data para o pico da Covid-19 e anuncia promessas desencontradas sobre vacina e medicamentos. Assumindo a chegada do pico em agosto de 2020 e o surgimento de vacina ou medicamento no início de 2021, este ensaio apresenta considerações sobre o impacto da pandemia no mercado de trabalho e outros desdobramentos sociais.
Em cerca de dez anos, o mercado de trabalho do Brasil passou por grandes oscilações. Em 2004, o desemprego nas regiões metropolitanas chegou a 12%. Em 2013, havia caído para 4,3%. No final de 2014, a taxa voltou a subir para 4,8% e, nos primeiros meses de 2015, saltou para a casa dos 6%1.