Laura Trajber Waisbich é cientista política e diretora-adjunta de programas no Instituto Igarapé. É afiliada ao Skoll Centre, na Said Business School da Universidade de Oxford e foi diretora do Programa de Estudos Brasileiros e professora de estudos latino-americanos na mesma universidade.
Em 2025, o Brasil terá papel de liderança na COP30 do clima, em Belém, e no grupo dos Brics, e tem a oportunidade de consolidar-se como um ator-chave no enfrentamento dos desafios globais mais urgentes de nossa era. Mas para isso, terá que fazer política externa equilibrista
Discussão aprofundamento da interlocução do Itamaraty com a sociedade completa uma década de processo lento e gradual. A hora de institucionalizar a participação social na política externa é agora
Brasil tem demonstrado interesse e capacidade de exercer protagonismo nas COPs, mas para que essa ambição se converta em resultados, o país terá que liderar pelo exemplo e mostrar que está disposto a contribuir para a reversão da atual tripla crise planetária de poluição, clima e biodiversidade
Brasil levará ao G20 a proposta de promover a troca de experiências entre países para a implementação de políticas públicas eficazes no combate à fome e à pobreza
Projeto tem como característica principal a coordenação entre Presidência e outras pastas na Esplanada lideradas por figuras políticas de peso na coalizão governamental
Lideranças do Brasil e da Guiana acreditam possuir ‘autoridade moral’ para discutir com o mundo uma transição energética justa e ao mesmo tempo aumentar sua produção de petróleo. Para professora, no âmbito da justiça global, o argumento não faz sentido, e todos precisam agir com urgência contra o aquecimento global
Após esfriamento das relações sob Temer e Bolsonaro, volta de Lula ao poder indica uma nova agenda de política externa para a África em construção. Para professora, governo tem desafio de inovar diplomaticamente e institucionalizar a agenda no Estado brasileiro, garantindo marcos mais permanentes para um diálogo duradouro entre o Brasil e o continente africano nas próximas décadas
Após um primeiro ano de retomada da participação do Brasil na política internacional, 2024 começa marcado pela liderança do G20 como oportunidade para a busca de um protagonismo do país em questões globais. Para professora, o Brasil precisa equilibrar o hiperativismo e atuar para garantir que os esforços do grupo não acabem por promover incoerência ou fragmentação