Lilia Moritz Schwarcz é professora titular no Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo (USP). Foi Visiting Professor em Oxford, Leiden, Brown, Columbia e Princeton e teve Bolsa Científica da Guggenheim Foundation. Fez parte do Comitê Brasileiro da Universidade de Harvard (de 2009 a 2012) e é atualmente Global Professor pela Universidade de Princeton. É autora, entre outros, de O espetáculo das raças (São Paulo, Companhia das Letras, 1993 e New York, Farrar Strauss & Giroux, 1999), As barbas do Imperador – D. Pedro II, um monarca nos trópicos (São Paulo, Companhia das Letras, Prêmio Jabuti/ Livro do Ano e New York, Farrar Strauss & Giroux, 2004). Atualmente, dirige História do Brasil Nação. Mapfre/ Objetiva em seis volumes (Prêmio APCA, 2011). Em 2010, recebeu a Comenda da “Ordem Nacional do Mérito Científico”
Não é de hoje que, no Brasil, prefere-se culpar o outro antes de voltar o olhar para si próprio. Isso quando não se joga para o passado problemas que ainda fazem parte da agenda atual. Esse tipo de atitude, que aparece nas mais diferentes situações de tensão, é particularmente frequente nos casos de racismo, quando com muita facilidade se joga para o “outro” – seja o vizinho, a história, o amigo, o familiar – a pecha do preconceito.