MARCOS LISBOA Tem uma trajetória que abrange experiências em instituições acadêmicas, no governo e como executivo de instituições financeiras. Atual diretor presidente do Insper, de 2013 a abril de 2015, atuou como vice-presidente. De 2006 a 2009, atuou como diretor executivo do Itaú-Unibanco e, de 2009 a 2013, como vice-presidente. De 2005 a 2006, foi presidente do Instituto de Resseguros do Brasil, e atuou como secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda de 2003 a 2005. Marcos foi professor assistente de economia na Escola Brasileira de Economia e Finanças da Fundação Getulio Vargas (FGV) entre 1998 e 2002 e, anteriormente, como professor assistente de Economia no Departamento de Economia da Universidade de Stanford, de 1996 a 1998. Marcos é Ph.D. em economia pela Universidade da Pensilvânia. MARCOS MENTES É Doutor em Economia. Pesquisador Associado do Insper. Foi Chefe da Assessoria Especial do Ministro da Fazenda (2016-2018).
O Brasil enfrenta uma grave crise econômica, refletida no recente rebaixamento de sua nota de crédito. A progressiva desaceleração da economia nos últimos quatro anos se transformou em uma profunda recessão. Desde 2011, interrompeu-se a redução na desigualdade de renda e a melhoria na qualidade de vida das famílias mais pobres, observadas durante a década de 2000. A piora da economia ameaça reverter os avanços sociais dos últimos 20 anos. A questão central para o país não é um eventual ajuste fiscal de curto prazo. Se a trajetória de aumento das despesas não for revertida e a produtividade não aumentar, teremos uma economia com baixo crescimento, recorrente pressão inflacionária, juros elevados e a necessidade de aumento contínuo da carga tributária para evitar a insolvência no pagamento da dívida pública. Essa trajetória é insustentável. O artigo propõe medidas voltadas para a superação do impasse econômico e está organizado em dois blocos: sustentabilidade fiscal e aumento da produtividade.
O desempenho da economia brasileira tem decepcionado nas últimas décadas, ainda mais em comparação com os outros emergentes. Mesmo após o fim da hiperinflação, em 1994, a nossa taxa de crescimento apenas acompanhou a média dos demais países e foi bem inferior à observada em alguns países da América Latina, do sul da Ásia e do Leste Europeu.