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Roberto Da Matta

Roberto DaMatta é professor titular de Antropologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. De 1959 até 1987, trabalhou como antropólogo do Museu Nacional da UFRJ, onde foi estagiário, pesquisador auxiliar, professor, chefe do Departamento de Antropologia e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social. De 1987 a 2003, ocupou a cátedra Reverendo Edmund P. Joyce, C.S.C de Antropologia da Universidade de Notre Dame, em Indiana, Estados Unidos, da qual é, atualmente, professor emérito aposentado. Escreveu ensaios sobre duas sociedades tribais do Brasil: os Gaviões do Estado do Pará; e os Apinayé, do atual Estado do Tocantins. Escreveu e editou ensaios falando do Brasil como sociedade, feixe de costumes e valores. É cronista semanal dos jornais O Estado de S. Paulo e O Globo. Seus últimos livros intitulam-se “Fé em Deus e pé na tábua: como o trânsito enlouquece no Brasil” e “Brasilianismos”, ambos publicados pela Editora Rocco do Rio de Janeiro.


Uma Leitura Antropológica do “Corporativismo”

Roberto Da Matta 18 setembro 2017

A palavra corporativismo tem sido usada e abusada no Brasil, que vive uma experiência democrática mais consciente das dificuldades da implementação da igualdade como um valor. Se essa demanda de mais igualdade está, como penso, na raiz de inúmeros conflitos, o corporativismo surge como uma reação – no melhor estilo do “Você sabe com quem está falando?”. Pois não há nenhuma dúvida de que viver democrática e igualitariamente implica um permanente exercício de resguardar privilégios corporativos, tornando-os corporativistas.