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Editorial- Manifestações de força para público interno geram crise de relevância mundial em Taiwan

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Mundo assiste entre preocupado e atônito à escalada da crise entre Estados Unidos e China, que pode sair do controle e afetar todo o mundo de maneira dramática, enquanto os envolvidos procuram falar para seus públicos internos, com manifestações de força

Exercício militar da China após visita de Nancy Pelosi a Taiwan (Chinamil)

Por Rubens Barbosa*

Durante esta semana, o portal Interesse Nacional publicou uma serie de artigos e entrevistas sobre a situação em Taiwan, abordado diferentes aspectos políticos, militares e estratégicos da crise.

A visita de parlamentares do Congresso dos EUA, depois da visita da presidente da Câmara de Representantes Nancy Pelosi, motivou a retomada dos exercícios militares da China ao redor da Ilha. A perspectiva de novas visitas de lideres mundiais a Taiwan vai ensejar continuada reação por parte do governo de Pequim. Esse será o novo normal.

O governo de Taipé se manifestou dizendo que entende que essa movimentação militar chinesa é uma preparação para a invasão.

Não me parece que haja esse risco no horizonte previsível pela consequências politicas, econômicas e militares para a China. A menos que por um erro de calculo, seja deslanchada uma guerra de efeitos imprevisíveis.

A crise em curso representa um agravamento das relações entre os EUA e a China muito além da competição econômica, comercial e tecnológica em curso nos últimos anos.

Por outro lado, a reação chinesa às visitas externas agravou a situação militar com o fim da linha mediana que dividia o mar entre o Continente da China e a Ilha de Taiwan. A China declarou que a linha divisória desapareceu com a ocupação de todo o espaço marítimo entre o continente e a ilha.

Essa decisão é importante porque pode indicar que a estratégia chinesa não será uma invasão para a reunificação territorial buscada desde 1949. O mais provável é e que a China vá, em algum momento no futuro, procurar cercar Taiwan para isolá-la com um problema que será difícil para o governo de Taipé, que depende do comércio exterior para a importação de alimentos (mais de 50%) e de energia (98%) e para a exportação de seus produtos de alta tecnologia como os semicondutores (56% da produção global).

O aspecto mais grave de tudo o que esta acontecendo em relação a Taiwan é que a crise –que pode sair do controle e afetar todo o mundo de maneira dramática– está sendo causada por motivações de politica interna na China, com a prorrogação por mais cinco anos da liderança de Xi Jinping no Congresso do Partido Comunista em dezembro, e, nos EUA, com a aproximação das eleições legislativas norte-americanas em novembro. Todos os envolvidos procurando falar para seus públicos internos, com manifestações de força. Enquanto isso, o mundo assiste entre preocupado e atônito, à escalada da crise.


*Rubens Barbosa foi embaixador do Brasil em Londres, é diplomata, presidente do Instituto Relações Internacionais e Comércio Exterior (Irice) e coordenador editorial da Interesse Nacional.

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