O Brasil começa o ano de 2017 com o grande desafio de reconstruir sua capacidade de crescer. A primeira tarefa, no curto prazo, é equilibrar as finanças públicas. A reestruturação da economia deve se iniciar com a readequação do gasto público, o que está contemplado na chamada Lei do Teto, que limita o crescimento das despesas do governo.
O quadro geral: Nossos estudantes estão ficando para trás A educação brasileira vai mal. Por trás das diversas bandeiras que se hasteiam, incluindo o ufanista lema “Pátria Educadora”, revela-se um país que acordou tarde para o tema (não faz nem duas décadas que demos direito à educação fundamental para todas as crianças), e que debate […]
Os autores discutem o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), desenvolvido pelo MEC, destacam sua importância e pertinência e ressaltam a eficiência da sua execução. Mas o artigo também expõe aquela que é a maior de suas limitações: a avaliação pedagógica dos livros didáticos que integram o PNLD desenvolvida pela secretaria de Ensino Básico (SEB) com o apoio de pesquisadores e especialistas em ensino de diversas universidades brasileiras. O ensaio convida o leitor a refletir sobre o papel das universidades no desenvolvimento e na implantação das políticas públicas.
O problema da qualidade da educação oferecida por diferentes níveis de governo, causado pela precariedade dos currículos, formação insuficiente e falta de instrumentalização dos professores, soma-se à falta de coordenação entre redes de ensino. A solução passa necessariamente pelo estabelecimento de um sistema nacional de educação que integre e ordene os diferentes níveis da federação na oferta de um processo de ensino-aprendizagem efetivo, defende a renomada especialista no tema.
Com base na experiência de mais de trinta anos de vida política e vários mandatos eletivos, o autor discute a perda de qualidade da política e dos políticos no Brasil. A seu ver, não há saída sem uma reforma política realista, que reduza a fragmentação do sistema de partidos, a infidelidade partidária e a corrupção eleitoral. Mas não bastaria: só mais educação poderia livrar o País da manipulação populista e da troca clientelista de favores.
O autor discute a estrutura de financiamento da educação brasileira, com especial ênfase na eficiência administrativa do sistema público de ensino superior, contrastando seus gastos com aqueles observados em outros países e na educação básica do Brasil. Analisa a importância crescente do capital humano para o desenvolvimento econômico e o atraso do país nessa questão. Ao final, apresenta propostas de reforma do sistema de ensino, visando a redistribuição de recursos entre o ensino superior e a educação básica, no marco de uma Lei da Responsabilidade Educacional.