Eleições 2014

Analistas políticos costumam ser convi­dados a exercer uma versão suposta­mente laica da profecia. Pede-se que projetem cenários futuros prováveis ou, mesmo, cer­tos. Um bom antídoto para esse convite, e para a ten­dência à hybris a que ele remete, chama-se “maio/junho de 2013”. Em 1º de maio de 2013, a reeleição da presidente Dilma parecia garantida. Dois meses depois, após as manifestações que tomaram as ruas, numa versão nova de ser “contra tudo o que está aí”, sua popularidade tinha caído pela metade e nada mais estava seguro.

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