Economista, presidente-executivo da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) e membro do Conselho Consultivo do RenovaBR. Foi governador do Espírito Santo entre 2003-2010 e 2015–2018.
Político e economista, Paulo Hartung traça cenário para o pós-período eleitoral. Para ele, nada será menos pedregoso do que no resto do mundo. Apesar de sutil melhora no mercado de trabalho e desempenho do PIB, convivemos com descrédito crescente quanto aos rumos da economia. Especialmente, em razão de medidas inconsequentes e eleitoreiras, sem lastro técnico, que comprometem as contas públicas. Será impositivo que o próximo presidente atue para reequilibrar a relação com o Congresso, consagrando protocolos de governabilidade. Não é tarefa simples, mas possível, se guiada por propósitos de grandeza política.
A Covid-19 vem há meses dizimando milhares de vidas e arrastando economias ao redor do planeta para o abismo da recessão. A rapidez do contágio e a letalidade foram surpreendentes, mas essa era uma catástrofe anunciada, ainda que não soubéssemos antever seu gatilho explosivo. O mundo já dava sinais de que era preciso reinventar […]
A agenda desta reflexão é conduzida por uma pauta central: o tempo. Fui convidado a pensar sobre as perspectivas político-econômicas para 2020, considerando-se os acontecimentos recentes e fatos decisivos do próximo ano.
Para Santo Agostinho, nas suas Confissões, “talvez fosse próprio dizer que os tempos são três: presente das coisas passadas, presente das presentes, presente das futuras. Existem, pois, estes três tempos na minha mente que não vejo em outra parte: lembrança presente das coisas passadas, visão presente das coisas presentes e esperança presente das coisas futuras”.
A história recente brasileira, circunscrita a estas décadas de transição do milênio, é atravessada pela pauta das reformas estruturantes, ligada às áreas que organizam a vida nacional, das questões tributárias e previdenciárias ao provimento de infraestrutura social e econômica.