Há uma tensão entre os imperativos de soft power da Coreia do Sul, que vem surfando em uma onda de popularidade internacional, e sua necessidade de manter o recrutamento de jovens para o serviço militar a fim de garantir a segurança contra a ameaça da Coreia do Norte
Independentemente de como o conflito acabe, as repercussões para a indústria de defesa global e para os países exportadores de armas serão enormes. A Rússia deve ser a grande perdedora, mas, além de EUA e China, países como a Índia, a Turquia e até o Brasil devem acelerar o desenvolvimento das suas próprias indústrias de defesa no processo
Idealizada com a evolução dos movimentos políticos modernos, desde o final do século XVIII, e transformada em mito desde então, a liberdade é uma ação pessoal e política suficientemente importante para ser levada a sério, mas segue sem uma definição unânime, o que faz com que cada cultura e geração possam redefinir genuinamente seu conceito
Expansão da aliança ocidental após o fim da Guerra Fria pode ser pensada sob o prisma do processo através do qual, diante da percepção de uma ameaça externa, os Estados empreendem ações dissuasivas que são potencialmente percebidas como ameaças por seus rivais, resultando em uma espiral de rearmamento que mina a estabilidade e pode precipitar a guerra
O avanço da IA é um recurso estratégico com impactos econômicos, políticos, sociais e culturais, o que gera uma corrida internacional pelo domínio da tecnologia. Em artigo, Fernando Filgueiras explica que governos que adotam estratégias nacionais e instrumentos de políticas de IA alcançam melhores resultados na transição tecnológica; e o Brasil, infelizmente, tem uma estratégia de inteligência artificial mal desenhada e corre o risco de ficar para trás no desenvolvimento global
Cúpula das Américas revelou a fragmentação do continente, que se torna menos influente em temas globais, explica o pesquisador Michael Shifter, da Inter-American Dialogue; segundo ele, o Brasil é uma peça-chave na tentativa de tornar a América Latina relevante em nível global, mas isso depende de uma liderança política eficaz –o que não existe hoje
Apesar da condenação ocidental à invasão da Ucrânia, muitos países do Sul Global hesitam a se colocar contra a Rússia, lembrando o movimento histórico de Estados que se recusaram a escolher um lado durante a Guerra Fria; divisão gerada pela reação ao conflito coloca em risco até mesmo o G20
Vitória do primeiro presidente de esquerda da Colômbia reflete demandas por justiça que vieram para ficar após a pandemia, mas junto com o avanço desses progressistas, observa-se um notável retrocesso nas liberdades civis na região e uma notável recessão democrática
Eleição inédita de líder colombiano de esquerda amplia ‘onda rosa’ na região, busca integração de países vizinhos e promete uma política ambiental mais proativa e responsável na Amazônia, assumindo projeção que foi perdida pelo Brasil, explica a professora de relações internacionais Fernanda Nanci Gonçalves; com um projeto distinto dos progressistas eleitos, governo de Jair Bolsonaro fica ainda mais isolado internacionalmente e não consegue exercer liderança
Em artigo, o embaixador Renato L. R. Marques argumenta que os repetidos fundamentos da invasão da Ucrânia por Putin parecem forjados no contexto da ambivalência russa entre o impulso messiânico e o sentimento de insegurança, que resulta em aventuras militares