O Brasil e o Novo Desenvolvimentismo

A macroeconomia estruturalista do desenvolvi- mento é constituída por um conjunto de modelos, e o novo desenvolvimentismo, por um conjunto de propostas de política, que só se consolidaram do ponto de vista teórico, recentemente. Mas já se avançou muito nessa direção, como ficou de- monstrado quando 25 economistas e cientistas políticos de diversos países se reuniram em um workshop em São Paulo, em maio de 2010, e propuseram e aprovaram as “Dez Teses sobre o Novo Desenvolvimentismo” (“Ten Theses on New Developmentalism”). A esse grupo se jun- taram cerca de 50 outros economistas e cientis- tas políticos importantes que foram convidados para serem também “subscritores originais” do documento.

O Papel da Internet na Conquista dos Votos de Marina Silva

Caio Túlio Costa 01 abril 2011

A internet tem potencial para mudar radi- calmente o fazer político. No Brasil, isso co- meçou a ficar mais claro em 2010 e a atuação de Marina Silva na internet representou o maior diferencial na campanha presidencial. Ferramenta imprescindível na disseminação da causa do desenvolvimento sustentável, a internet teve papel estratégico na composição dos 19 636 359 votos no número 43, de Ma- rina Silva, digitado nas urnas eletrônicas no primeiro turno.

Perspectivas de Mudanças no Padrão Gerencial e Ético do Modelo Político-eleitoral

A análise parte do pressuposto de que o modelo político-eleitoral brasileiro, fundado na cons- trução de maiorias parlamentares de apoio ao presidente da República, mediante a aglutina- ção de partidos heterogêneos, não deverá sofrer alterações substantivas no futuro previsível. O autor propõe uma agenda mínima de uma re- forma voltada para a eficiência administrati- va e a recomposição da base ética do governo. A primeira providência é identificar os órgãos mais suscetíveis a desvios de conduta. Em se- gundo lugar, desburocratizar os processos licitatórios, instituir pré-requisitos para a nomeação para cargos de confiança e restabelecer a auto- nomia efetiva de órgãos e entidades da admi- nistração indireta.

Respostas da Política Externa Brasileira às Incertezas do Mundo Atual

O assessor especial de política externa da presi- dente Dilma Rousseff explica que haverá mu- danças em relação ao governo Lula em função da imprevisibilidade dos acontecimentos no mundo atual. Sobre as relações com os países do Norte, diz que delas “esperam-se não só me- lhorias em matéria de comércio e investimentos, mas também um bom relacionamento no que se refere à transferência de tecnologia e inovação, elementos essenciais para a nova fase de nosso desenvolvimento nacional”.

Agenda para a Política Externa no Governo Dilma

De todas as heranças boas e más que o atual governo recebeu, a política externa é uma das mais negativas, avalia o ex-chanceler, que discorre sobre o elenco de erros cometidos no governo Lula e propõe uma agenda para a administração da presidente Dilma Rousseff

A Miséria da Oposição no Brasil Da Falta de um Projeto de Poder à Irrelevância Política?

Em ensaio analítico-opinativo sobre a ine- xistência de uma verdadeira oposição no atual cenário político brasileiro e sobre as tarefas da oposição num moderno sistema político demo- crático, o autor faz um exame das condições pe- las quais se poderá ter a eventual reconstrução de uma oposição digna desse nome no Brasil. “A oposição precisa estar pronta para oferecer ou- tro futuro a todos os brasileiros que não acham que a esperteza política aliada ao oportunismo propagandístico representa o horizonte real de possibilidades para o País”.

Partido Único

Demétrio Magnoli 01 abril 2011

A sociedade brasileira – moderna, urbana, com- plexa – não se ajusta à sedimentação de seu sistema político sob o peso de um hegemon. A rejeição ao petismo expressa-se na sociedade sob as mais diversas formas. Essa oposição, entre- tanto, não se traduz adequadamente nos atuais partidos oposicionistas – e, portanto, também não encontra expressão parlamentar. É um si- nal preocupante sobre o estado de saúde de nossa democracia. A persistente relutância em expor as relações entre a natureza autoritária do Pt e as orientações de política internacional do lulis- mo constitui uma aula completa sobre o estado falimentar do PsDB e do Dem.

O Papel da Oposição

O ex-presidente da República e presidente de honra do PsDB considera que há muito a ser fei- to pelas oposições. Segundo ele, estas “precisam voltar às salas universitárias, às inúmeras redes de palestras e que se propagam pelo país afora, e não devem, obviamente, desacreditar do papel da mídia tradicional”. Além da persistência e ampliação dessas práticas, é preciso buscar no- vas formas de atuação para que a oposição esteja presente em organizações de bairro, em grupos musicais e culturais das periferias das grandes cidades, etc. O discurso não pode ser apenas o institucional, tem de ser o do cotidiano, mas não desligado de valores, prega fhc.

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