08 abril 2022

Oportunidades de investimentos, disputas sobre crescimento, Anitta nos EUA e mais notas de interesse de 8 de abril de 2022

Disputa pelo PIB – O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a expectativa de crescimento do Brasil deve ser revista ligeiramente para cima, apesar da guerra na Europa.

Uma seleção das principais notícias que interessam ao posicionamento internacional do Brasil na imprensa nacional e na mídia estrangeira

Disputa pelo PIB – O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a expectativa de crescimento do Brasil deve ser revista ligeiramente para cima, apesar da guerra na Europa. Para ele, o conflito entre Rússia e Ucrânia afetará mais profundamente a Europa, trazendo reflexos para o Brasil, mas que alguns choques podem ser positivos, como uma consolidação do país como produtor de energia limpa (O Globo) . Entretanto, O Banco Mundial reduziu para 0,7% a projeção para o crescimento da atividade econômica no Brasil em 2022. O número é o segundo menor para a região da América Latina e Caribe, atrás apenas do Haiti, que deve ter recessão de 0,4% (CNN).

Investimentos estrangeiros – O Brasil subiu duas posições no ranking de países que mais recebem investimentos do exterior, de acordo com o Índice de Confiança para Investimento Direto Estrangeiro, elaborado pela consultoria Kearney. O País saltou da 24.ª para a 22.ª posição no levantamento mundial, realizado em janeiro, enquanto sua nota subiu de 1,64 para 1,71 (Estadão).

Privatização – O ministro Paulo Guedes afirmou que a guerra na Ucrânia trouxe risco geopolítico para a segurança energética e que a privatização da Eletrobras representa um passo decisivo para elevar os investimentos no setor e conter o problema (Folha).

Brasil-EUA – O governo Biden não está fazendo o suficiente para forjar uma aliança de longo prazo com o Brasil, disse Myron Brilliant, chefe da divisão de assuntos internacionais da Câmara de Comércio dos EUA. Brilliant disse que a falta de envolvimento dos EUA em toda a América Latina significa que “as oportunidades não são desenvolvidas (nem um) plano estratégico de longo prazo da maneira que esperamos” (Reuters – Financial Post).

Incertezas – Em 2 de outubro de 2022, o Brasil terá uma eleição presidencial decisiva. O resultado vai ditar se a maior economia do hemisfério sul continua estagnada ou volta a crescer. Não importa o resultado, os pilares democráticos do maior país da América Latina serão testados antes e bem depois das votações. O empresariado tem boas razões para estar preocupado, mas também otimista. Após as tribulações de uma eleição nacional, espera-se que o crescimento econômico retorne (Brunswick).

Cultura e soft power– Anitta, a estrela pop brasileira tenta conquistar o mercado dos EUA. Desde que lançou seu primeiro álbum aos 20 anos, Anitta se tornou uma das maiores estrelas pop do Brasil. Na última década, ela lançou quatro álbuns de estúdio, se apresentou na cerimônia de abertura das Olimpíadas de 2016 e acumulou inúmeras indicações ao Grammy Latino. O mercado dos Estados Unidos parece a fronteira final. Este mês, Anitta se apresentará nos dois finais de semana do festival Coachella. (The New York Times).

Fake News – A Meta Platforms, proprietária do Facebook, removeu uma rede de contas de mídia social com vínculos com os militares brasileiros que se apresentavam como falsas organizações sem fins lucrativos para minimizar os perigos do desmatamento. Os comentários de Meta, publicados em um relatório trimestral, representam um risco de reputação de Bolsonaro, cético de longa data em relação ao ambientalismo (The Guardian).

Editor-executivo do portal Interesse Nacional. Jornalista e doutor em Relações Internacionais pelo programa de PhD conjunto do King’s College London (KCL) e do IRI/USP. Mestre pelo KCL e autor dos livros Brazil’s international status and recognition as an emerging power: inconsistencies and complexities (Palgrave Macmillan), Brazil, um país do presente (Alameda Editorial), O Brazil é um país sério? (Pioneira) e O Brasil voltou? (Pioneira)

Artigos e comentários de autores convidados não refletem, necessariamente, a opinião da revista Interesse Nacional

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