A participação incipiente da África tanto na fundação da Liga das Nações quanto da ONU foi justamente pelo ‘empreendimento’ (se podemos ironicamente chamar assim) de 1884-1885: a Conferência de Berlim. Ou seja, claramente a colonização definiu profundamente as hierarquias mundiais e o lugar da África no sistema internacional
Minha pesquisa me leva a concluir que o governo de Angola não tem interesse real em estabelecer as autarquias — pelo menos não mais. O que tem impedido a estratégia de descentralização do poder governante tem sido uma transformação surpreendentemente rápida da geografia política tradicional de Angola
Por ser em uma zona que não atinge diretamente o Norte Global, há o desinteresse de frear o conflito porque há quem saia lucrando com a continuidade dele
Encontro tem a oportunidade de deixar o legado de reafirmação do multilateralismo e de estratégias concretas para os problemas globais. É fundamental pensar que o multilateralismo deve ser não só mais representativo, mas também mais justo, enraizado em epistemologias africanas e de outras regiões
Ativistas criticam o silenciamento da imprensa e da diplomacia brasileira quanto aos ataques no país congolês, especialmente quando comparada a atenção dada a outros conflitos, como o de Gaza, o que segundo eles, contribui para a negação de vistos humanitários a refugiados congoleses
Segundo maior país da África e um dos mais ricos do mundo em termos de recursos naturais, a RDC tem um dos mais baixos IDHs e vive um conflito interno há décadas por conta dos efeitos do colonialismo; enquanto isso, países desenvolvidos exploram seus minerais para produzir equipamentos eletrônicos
Viagem reforça laços históricos e culturais entre as duas nações
A União Africana participa de encontro das maiores economias do mundo pela primeira vez, passando a dar voz e representatividade para 96% da população africana que antes não tinha espaço no fórum multilateral
Após a Revolta dos Malês, milhares de negros libertos se viram sem opções diante da perseguição ensejada pela elite do Império e decidiram voltar ao continente de seus antepassados. Hoje, a comunidade preserva memórias da vivência na América, e até o nome que adotou se originou da língua portuguesa.
Estudo propõe um novo paradigma, com base no respeito mútuo e na cooperação econômica, no qual a África assuma a responsabilidade pelo próprio desenvolvimento. Ideias convergem com as propostas de reforma do sistema de governança defendidas por Lula na ONU