Novo governo dos EUA coloca o mundo em um contexto mais tenso e com crescentes pressões. Como o Brasil vai a responder a tais dinâmicas será decisivo não só para seu próprio futuro, como também o da região e talvez mesmo do planeta
Historicamente, as tarifas alfandegárias têm sido utilizadas como ferramentas de proteção econômica, regulando o comércio e protegendo indústrias nacionais da concorrência estrangeira. Entretanto, sua aplicação como instrumento de coerção política representa um desvio significativo dessa função tradicional. Em vez de servirem como mecanismo de equilíbrio comercial, passam a ser empregados para pressionar decisões políticas e diplomáticas, ampliando a instabilidade global.
Expectativa é que nove novos países ingressem no bloco em 2025
É preciso pesar os riscos e benefícios de uma aliança com a China, e vale lembrar que desde os anos 1970 a economia ajudou a pautar o “pragmatismo responsável”. São os nossos interesses nacionais que devem balizar o nosso relacionamento com outras nações
Na presidência da Cúpula do Brics em 2025, o Brasil estará em condições de reafirmar os dois paradigmas históricos de nossa política externa – autonomia e desenvolvimento. Assim, sem ambiguidades, nossa diplomacia poderá contribuir para que a agenda do Brics não seja ditada pela China e pelo viés antiocidental
Cinquenta anos de relações Brasil-China demonstram não apenas uma história de sucesso econômico, mas também uma convergência geopolítica que superou muitos desafios ao longo do caminho e que agora parece estar ganhando terreno
As duas últimas cúpulas dos países do Brics levantaram questões sobre a identidade e o objetivo da coalizão
Grupo está interessado hoje em contestar a ordem internacional vigente e o processo de governança internacional
País se beneficiou da cobertura com diferentes perspectivas. Enquanto a China publicou várias reportagens favoráveis ao grupo e à participação brasileira, veículos dos EUA e da Europa descreveram o Brasil como um contraponto à postura antiocidente dos Brics no encontro na Rússia
Brasil tem demonstrado interesse e capacidade de exercer protagonismo nas COPs, mas para que essa ambição se converta em resultados, o país terá que liderar pelo exemplo e mostrar que está disposto a contribuir para a reversão da atual tripla crise planetária de poluição, clima e biodiversidade