Brasil tem a chance de se consolidar como um ator central nas negociações climáticas globais, avalia Thelma Krug, coordenadora do Conselho Científico do evento previsto para novembro em Belém (PA)
Em novembro, Belém sedia a COP 30, mais um evento mundial no qual a política ambiental brasileira disputa protagonismo e apoio. Territórios, povos e culturas amazônicas ecoarão suas vozes nesse embate de ideias sobre o futuro do planeta.
Não há tempo hábil para a mudança de sede da COP, ela será em Belém. O que há o risco de que o evento seja esvaziado. E a presença do maior número de países e delegações na conferência das partes é fundamental para legitimar as decisões que venham a ser tomadas.
Cúpula no Rio pode antecipar debates ambientais importantes
“O encontro possibilitará a reunião de pessoas oriundas de sistemas judiciais diferentes, possibilitando, na convivência de uns e outros, a coordenação de legislações que tenham alcances mais amplos.”
Discussões, concordâncias e discordâncias que deverão caracterizar a COP30 serão mais um importante passo no debate cada vez mais urgente sobre a questão climática no mundo
A crise climática, que ameaça o desenvolvimento econômico e social em todo o mundo, gera urgência de ação por parte de todos, principalmente, dos líderes cujas decisões influenciam o nível e trajetória do volume das emissões de gases de efeito estufa (GEE) globalmente
Apesar de seu potencial, é importante reconhecer os limites da COP. Não se deve esperar que a conferência resolva todos os impasses ou que traduza imediatamente os consensos globais em mudanças locais
Tema foi abordado pelo ecólogo marinho queniano David Obura, chairman da Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos, e por pesquisadores brasileiros durante a 3ª Conferência FAPESP de 2025
As obras de infraestrutura realizadas pelo governo do estado revelam fortemente um distanciamento entre o discurso “ambientalista” do seu gestor e as ações estatais, caracterizando nítida “lavagem verde” (no termo em inglês, “greenwashing”), entendida como uma estratégia discursiva e de marketing, que tenta vender a imagem de um produto, serviço (ou cidade) como melhor para o meio ambiente do que realmente é