Rafael R. Ioris é professor de história latino-americana no Departamento de História da Universidade de Denver. É pesquisador do Instituto de Estudos dos Estados Unidos no Brasil e autor de vários artigos e capítulos de livros sobre a história do desenvolvimento no Brasil e em outras partes da América Latina e sobre o curso das relações EUA-América Latina, particularmente durante a Guerra Fria. Autor de livros como Qual desenvolvimento? Os debates, sentidos e lições da era desenvolvimentista, Transforming Brazil: A history of national development in the postwar era. É non-resident fellow do Washington Brazil Office, em DC.
A chegada de Kamala Harris à cena da campanha presidencial certamente mudou a dinâmica central da corrida eleitoral, colocando à mesa dois projetos de governo bem diferentes enquanto a disputa parece estar equilibrada, sem um favorito claro
Apesar de toda a expectativa em torno da votação, o status quo provavelmente permanecerá, e países que quiserem ter um papel construtivo na situação do país devem buscar evitar o uso de violência, estabelecer algum canal funcional de comunicação, e tentar criar formas de diálogo e negociações subsequentes que conduzam à coexistência respeitosa
Fim da campanha de Biden e provável candidatura de Kamala Harris contra Donald Trump colocam em disputa dois candidatos e projetos de país contrastantes, com influência para o mundo e para o Brasil
O curso final das relações entre a Venezuela e os EUA e, portanto, o próprio futuro da democracia no país sul-americano dependerá em grande parte de como o governo americano responderá ao resultado da votação de 28 de julho
Dentro da lógica binária da política estadunidense, tudo indica que as próximas eleições presidenciais serão definidas, novamente, pelo trumpismo e pelo anti-trumpismo. O quadro eleitoral já começou a se desenhar em linhas bem claras em uma nova disputa entre um Biden buscando de maneira quase inercial sua reeleição e Trump com chances reais de voltar ao poder
Pesquisa avalia o papel desempenhado por parcerias investigativas formais e informais entre autoridades brasileiras e dos Estados Unidos na erosão da institucionalidade democrática no Brasil. Para historiador, é preciso evitar a defesa da corrupção e o entusiasmo cego por ações politicamente motivadas que se apresentam como salvadoras da pátria
Eleição de líderes populistas com uma agenda semelhante levou à tentativa de aproximação entre o Brasil e os EUA, mesmo sem gerar vantagens para o primeiro. Para historiador, as conquistas das últimas décadas da diplomacia brasileira no sentido de projetar o país no cenário internacional de maneira mais estrutural e duradoura serviram como impedimentos para tal subordinação
Presidente discursou de forma assertiva e propositiva na Assembleia Geral das Nações Unidas. Para historiador, momento consagra o retorno do Brasil ao mundo como nação democrática e que tem um papel central na promoção de causas progressistas, tanto no ambiente doméstico, como no cenário internacional
Tentativa de reconstruir a institucionalidade democrática após quatro anos de governo Bolsonaro enfrenta o desafio de divisões políticas e da sobrevida da agenda golpista. Para historiador, é importante celebrar o 7 de setembro não como culminação de um processo histórico mas sim como um marco do início da reconstrução da democracia e de uma sociedade mais justa e mais respeitada no mundo