Presidente e fundador do Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior (IRICE). É presidente do Conselho Superior de Comércio Exterior da FIESP, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Trigo (Abitrigo), presidente do Centro de Defesa e Segurança Nacional (Cedesen) e fundador da Revista Interesse Nacional. Foi embaixador do Brasil em Londres (1994–99) e em Washington (1999–04). É autor de Dissenso de Washington (Agir), Panorama Visto de Londres (Aduaneiras), América Latina em Perspectiva (Aduaneiras) e O Brasil voltou? (Pioneira), entre outros.
A ofensiva dos EUA contra o Brasil combina pressões comerciais, sanções indiretas e investigações por práticas desleais, em meio a tensões políticas e tecnológicas. A retaliação inclui tarifas de 50%, ameaça de sanções por importações russas e investigações sobre o marco regulatório digital brasileiro, influenciada por lobby das Big Techs. A falta de diálogo político de alto nível entre os governos acirra o conflito e enfraquece a capacidade de resposta de Brasília
A decisão dos EUA de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros expôs falhas diplomáticas do Brasil e o uso político do comércio por Trump, mas a firme reação brasileira e o pragmatismo histórico indicam que o foco se voltará à negociação para proteger indústria e agro. Mesmo em meio a tensões ideológicas, o interesse nacional deve prevalecer, como em crises passadas, até que as relações bilaterais retornem à normalidade
Artigo publicado na edição de número 70 da revista Interesse Nacional
Construção de projeto eólico no sul do país reavivou disputa por território com o país vizinho, uma das raras questões de fronteira que ainda persistem para o Brasil
Na edição desta semana do programa Pergunte ao Embaixador, Felipe Camargo apresenta três questões para o diplomata Rubens Barbosa, que fala sobre a reunião dos Brics no Rio de Janeiro, a reunião da Otan da última semana e novos passos no avanço de Israel no Oriente Médio.
Trégua no Oriente Médio não representa o fim da guerra, especialmente depois que todos os envolvidos declararam guerra, e vários cenários podem se desenvolver a partir de agora, levando a um possível rompimento do cessar-fogo em algum momento
Resumo do artigo “Hora da verdade”, publicado pelo embaixador Rubens Barbosa no Estado de S. Paulo, em que ele convoca a sociedade a sair da polarização e construir um Brasil mais estável, justo e capaz de enfrentar seus desafios internos e externos
A política externa, nos últimos 200 anos do Brasil independente, sempre teve papel relevante na defesa do desenvolvimento econômico, dos interesses concretos do país e de sua projeção externa, até mesmo com uma atuação muitas vezes acima da capacidade de seu poder efetivo. Alguns dos exemplos em que a diplomacia se destacou na defesa do […]
Duas superpotências nucleares e militares, Israel e EUA, atuam conjuntamente contra quem se opuser a seus interesses e indiretamente defendendo um político israelense controverso
Coincidindo com a realização da conferência sobre oceanos, o governo brasileiro formalizou a criação de uma Política Marítima, em significativo avanço na gestão dos recursos marinhos, Com ela, o Brasil se posiciona de maneira mais assertiva no cenário marítimo internacional, aproveitando seu potencial oceânico para impulsionar o desenvolvimento sustentável e a busca de melhores condições de vida para as futuras gerações
Estagnado nos últimos anos, bloco se vê diante da possibilidade de um importante acordo com a UE, que tem o potencial de dar um novo alento aos países sul-americanos, impulsionando negócios e ampliando a sua inserção internacional
A crescente pressão do governo Trump sobre o Brasil, impulsionada por aliados bolsonaristas e agravada pela resposta do governo Lula ao que vê como ameaças à soberania nacional, expõe a ausência de diálogo direto entre os dois países. Com sanções iminentes e riscos à relação bilateral, o Itamaraty tenta, nos bastidores, evitar o isolamento diplomático e proteger interesses comerciais estratégicos
A tríplice fronteira tem sido alvo de preocupação das autoridades de Washington há algum tempo. Alguns setores do governo brasileiro temem que essas ações possam representar o início de uma ofensiva de Trump na região, eventualmente adotando sanções
Notícia sobre articulação americana para usar aeroportos brasileiros não tem confirmação oficial e pode ser fake news ou balão de ensaio, e uma ação assim seria rechaçada pelo governo, mas o caso reforça a necessidade de se dar importância a questões de defesa para uma potência média regional como o Brasil
Em uma semana de grande evidência para a política externa brasileira, ficou evidente o isolamento do Itamaraty no processo de tomada de decisão do Palácio do Planalto a respeito de temas internacionais
Apesar de sua contribuição na Segunda Guerra, o Brasil raramente é lembrado nas celebrações da vitória. Agora, 30 anos após sua última participação, Lula vai a Moscou para a cerimônia a convite de Putin — em meio a uma guerra e a uma possível reconfiguração das alianças globais que pode redefinir o papel geopolítico do país
Encontro da CELAC foi um retrato vivo do momento vivido pela América Latina e o Caribe, com discordância entre países vizinhos. Cenário deve se agravar ainda mais com a ressurreição da Doutrina Monroe por Trump, com pressão dos EUA para reduzir a influência da China no que vê como seu ‘quintal’
Comemoração ocorre em momento crítico para a diplomacia em diferentes partes do mundo, o que evidencia a confusão entre os interesses nacionais e os de grupos políticos que colocam a política externa sob pressão ideológica
Mauro Vieira vai a Buenos Aires para preparar encontro de presidentes do bloco em meio a alta tensão internacional por conta da guerra comercial iniciada por Donald Trump
Chegou a hora de começar a discutir o Brasil e tentar colocar os interesses nacionais permanentes acima de visões setoriais, partidárias e ideológicas, como fazem todos os principais países do mundo, com uma visão de médio e longo prazos.