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Interesse Nacional
14 novembro 2024

Eleição de Donald Trump enfraquece reunião do G20 no Brasil

Quem representará os Estados Unidos na reunião será o presidente que está de saída, Joe Biden. Isso, por si só, já seria um fator de enfraquecimento, porque os Estados Unidos, a partir de janeiro, estarão sob a direção de um outro presidente que não representará a principal potência do mundo

Por Adriana Cruz

O professor Pedro Dallari avalia a relação entre a eleição de Donald Trump como novo presidente dos Estados Unidos e a Cúpula de Líderes do G20, que será realizada nos próximos dias 18 e 19 de novembro, na cidade do Rio de Janeiro.

“A eleição de Donald Trump contribui para o enfraquecimento da reunião do G20 no Rio de Janeiro. Quem representará os Estados Unidos na reunião será o presidente que está de saída, Joe Biden. Isso, por si só, já seria um fator de enfraquecimento, porque os Estados Unidos, a partir de janeiro, estarão sob a direção de um outro presidente que não representará a principal potência do mundo na semana que vem, no Rio de Janeiro. Mas há uma razão a mais para esse enfraquecimento do G20, que é o fato de que Donald Trump é notoriamente um adversário do multilateralismo, ou seja, da ideia de que a governança global e a gestão dos grandes assuntos internacionais decorram do funcionamento desses fóruns e órgãos. Trump acha que esses espaços de articulação de integração são espaços inadequados para o trato dos problemas, que devem ser equacionados a partir dos interesses de cada país”, disse Dallari.

O professor falou sobre as expectativas quanto a esse encontro da Cúpula de Líderes e considera que “essa é uma reunião importante na medida em que reúne as principais 19 economias do mundo, mas o fato de que ela aponta ou se dá em um contexto de enfraquecimento dessa forma multilateral de tratamento dos temas do tempo, o enfraquecimento do multilateralismo tende a desvalorizar o funcionamento desses fóruns. De qualquer maneira, nós vamos ter que acompanhar com atenção como os outros países do mundo vão reagir a esse novo quadro que aponta para a bipolaridade”.

Dallari destacou que várias Unidades de Ensino e Pesquisa da USP têm debatido esse assunto. No Instituto de Relações Internacionais (IRI), por exemplo, foi realizado, no começo de outubro, um debate entre dois titulares da Cátedra José Bonifácio, a francesa Christiane Taubira e o português Álvaro Vasconcelos, que discutiram as perspectivas para o G20.

Este texto é uma reprodução autorizada de conteúdo do Jornal da USP - https://jornal.usp.br/

Artigos e comentários de autores convidados não refletem, necessariamente, a opinião da revista Interesse Nacional

Tags:

Diplomacia 🞌 G20 🞌 Geopolítica 🞌 Governança global 🞌

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