Os embaixadores Eduardo Gradilone e Rubens Barbosa conversam com Felipe Camargo sobre os últimos desdobramentos da tensão no Oriente Médio
Como se formam as opiniões na era da guerra ao vivo? A mídia corporativa, aliada do complexo político industrial militar, abre o teatro de operações comunicacional em que as narrativas transformam a guerra em espetáculo e mercadoria
No mundo de 2025 não cabem temas como a visão binária da realidade. Uma percebida confrontação civilizacional Leste/Oeste não resiste à globalização econômica que amalgama a emergência de uma globalização civilizacional, contrariamente aos valores e preconceitos que alguns líderes mundiais anacronicamente perseveram em insistir
O Irã nunca esteve tão fraco como agora. E quando Trump disse que poderia levar duas semanas para decidir se bombardearia o Irã, os israelenses provavelmente o pressionaram a agir mais rapidamente.
Governo vê com grave preocupação escalada militar no Oriente Médio
Trump e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, esperam que os ataques acabem com o programa nuclear do Irã de uma vez por todas. A operação soará a sentença de morte para a ordem global pós-Segunda Guerra Mundial
Episódio do programa Fala Colunista, em que Felipe Camargo entrevista o professor da Universidade de Denver Rafael Ioris fala sobre a estratégia brasileira na política internacional
Embora Trump continue a pressionar o Irã para aceitar um acordo, as negociações estão fora de cogitação por enquanto. Trump não conseguirá persuadir Netanyahu a interromper a campanha de bombardeio para reiniciar as negociações
A forma como o Brasil se colocou revela mais do que pretende esconder. É uma resposta que parece moldada para não comprometer ninguém, tampouco oferecer qualquer consequência prática. O Brasil reagiu de forma rápida, mas não ousou sair da moldura confortável das fórmulas diplomáticas genéricas. A crise, no entanto, exige bem mais que isso
A ampla rejeição popular e a voz das ruas tornam a extrema direita de Netanyahu e a autocracia repressora de Khamenei dois regimes muito parecidos. Mas as semelhanças param por aí. Netanyahu foi salvo por três guerras insufladas por seu governo. Em contraste, para a República Islâmica, uma guerra direta com Israel sempre foi o grande fantasma a evitar. O desenrolar desse cenário de visões antagônicas a respeito da guerra parece desacreditar o ditado popular – quando um não quer, dois não brigam.