Visita de Lula à China amplia visibilidade internacional do Brasil
Para a imprensa estrangeira, encontros com Xi Jinping indicam uma maior aproximação da América Latina com o gigante asiático em meio à guerra comercial iniciada por Donald Trump

iii-Brasil – de 12 a 18/052025
Visibilidade: 80 reportagens em 7 veículos analisados
Classificação das notícias:
45% Neutras
5% Negativas
46% Positivas
A viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China ampliou a visibilidade internacional do Brasil. Os principais jornais internacionais publicaram reportagens e artigos sobre os encontros do presidente Xi Jinping com líderes da América Latina e apontaram uma aproximação entre o gigante asiático e a região como uma resposta à guerra comercial de Donald Trump.
No total, foram registrados na primeira semana completa de maio 80 textos com menção ao Brasil nos sete veículos analisados, volume bem acima da média semanal do Índice de Interesse Internacional (iii-Brasil). O período registrou uma maioria de textos de tom positivo (46%), 45% de menções neutras e apenas 5% de repercussão negativa.
Entenda como funciona o iii-Brasil

“Parceria sino-brasileira é um paradigma para as relações modernas”, diz um artigo publicado pelo jornal China Daily, o que fez a mais ampla cobertura da visita, com um total de 41 textos ao longo da semana, a maioria com tom positivo.
“Em um cenário de turbulência global marcado por tensões geopolíticas, incertezas econômicas e crescente protecionismo, os dois países demonstraram como sua parceria estratégica serve como âncora de estabilidade e motor para o desenvolvimento sustentável”, explicou.
Em uma outra reportagem, a publicação chinesa cita o presidente Jinping e diz que “o relacionamento entre os dois países é inquebrável e não será interrompido por nenhum fator externo (…) diferentemente de outros grandes países, a China sempre apoiou e ajudou sinceramente os países latino-americanos, incluindo o Brasil, a alcançar o desenvolvimento econômico e social”.
A aproximação da América Latina com a China teve destaque também em veículos do Ocidente. Segundo o New York Times, “a China há muito tempo recorre à América Latina para fornecer petróleo, minério de ferro, soja e outras commodities, todos motores de crescimento para muitos países latino-americanos. Mas também uma fonte de frustração para aqueles que esperam expandir suas economias e exportações com mais do que mineração e produtos agrícolas. O líder chinês, Xi Jinping, está tentando mostrar que está ouvindo”, disse.
Segundo o espanhol El País, “a China estende a mão à América Latina como alternativa ao unilateralismo e ao protecionismo de Trump”.

Retrospectiva
Desde o início de abril de 2022, o iii-Brasil coletou e analisou em média 57 reportagens por semana com menções de destaque ao país nos sete veículos de imprensa analisados.
Ao longo do levantamento, o iii-Brasil registrou em média 52% de reportagens de tom neutro, 28% de menções com tom negativo e 20% de textos positivos sobre o país.
O Índice de Interesse Internacional (iii-Brasil) é uma análise da imagem do país realizada a partir de um levantamento sistemático de dados sobre notícias que mencionam o Brasil a cada semana em sete publicações internacionais, selecionadas como representativas da imprensa internacional por serem reconhecidas internacionalmente como “newspapers of record”. São elas: The Guardian (Reino Unido), The New York Times (Estados Unidos), El País (Espanha), Le Monde (França), Clarín (Argentina), Público (Portugal) e China Daily (China). O iii-Brasil é produzido semanalmente pela equipe do portal Interesse Nacional e pela pesquisadora Fabiana Mariutti. Professora universitária e consultora; obteve pós-doutorado, doutorado e mestrado em Administração e bacharel em Comunicação Social. Estuda a imagem, reputação e marca Brasil desde 2010. Interesse nas áreas de Place Branding e Public Diplomacy. Nomeada Place Brand Expert pelo The Place Brand Observer, na Suíça. Autora do recente artigo: “When place brand and place logo matches: VRIO applied to Place Branding”, de dois livros e sete capítulos de livros.
Artigos e comentários de autores convidados não refletem, necessariamente, a opinião da revista Interesse Nacional