Para historiador americano, comparação com situação dos Estados Unidos após a saída de Donald Trump do poder mostra que risco ao estado de direito continua existindo mesmo que haja uma mudança no governo brasileiro após as eleições
Tom da cobertura da imprensa internacional era predominantemente neutro desde junho, mas críticas à polarização, à proliferação de mentiras e às ameaças à democracia pioraram a reputação do país no mundo
Semana registrou uma redução na proporção de reportagens negativas, embora a crítica à política e ao governo de Bolsonaro estejam evidentes em muitas abordagens, como em editorial do jornal britânico The Guardian
Apesar da resiliência mostrada pela democracia brasileira em resposta aos ataques do governo Bolsonaro, professor da American University avalia que o presidencialismo de coalizão vem enfraquecendo este sistema democrático do país por dentro, e pode se tornar um problema no longo prazo.
Apenas uma em cada dez reportagens mencionando o Brasil na imprensa estrangeira no período tinha tom positivo, com potencial de melhorar a imagem internacional do país. A maioria dos artigos analisados nos veículos de imprensa estrangeira tinha tom neutro, mas 42% dos textos tinham tom negativo e podem piorar a reputação brasileira
Notícias sobre tensões políticas e problemas vividos pelo país às vésperas da escolha do novo governo ampliaram o tom negativo usado pela imprensa estrangeira na última semana. O jornal francês Le Monde, por exemplo, publicou uma série de reportagens sobre a situação política do país
Artigos publicados pelo jornal francês ‘Le Monde’ destacaram problemas ambientais, destruição, desrespeito aos direitos humanos e violência na região da floresta, ampliando a proporção de menções prejudiciais à reputação brasileira na imprensa internacional
Apesar de parte da imprensa estrangeira ainda indicar preocupação com riscos de instabilidade política e violência por conta da eleição, total de textos de tom neutro atingiu seu recorde no levantamento do Índice de Interesse Internacional
Para a professora de relações internacionais Letícia Simões, Taiwan ficou pressionada como um ‘joguete’ entre as duas potências, enquanto os governos americano e chinês pensam na política interna dos seus países ao escalar as disputas políticas, econômicas e militares em torno da ilha
Percepção de instabilidade política e risco de ruptura às vésperas da eleição aumentou o número de menções ao país na imprensa estrangeira e a proporção de textos com tom negativo sobre o Brasil