As análises e os estudos das principais organizações internacionais e think tanks sinalizam que a pandemia pode estender-se por um período maior do que o antecipado. A vacina contra a Covid-19 está prometendo tardar para ser comercializada.
A recuperação do Brasil não vai ser rápida, nem o país sairá mais forte, como alguns anunciam. Ela vai depender, em especial, de dois fatores: a forma de como a economia global vai voltar a crescer, o tempo que demorará para voltar a um mínimo de normalidade e, em especial, o grau de preparação interna para as medidas que deverão ser tomadas para criar condições de retomada da atividade econômica.
O Brasil passou por uma das maiores crises econômicas da sua história. A crise teve causas mais imediatas associadas à situação política e à exaustão do crescimento baseado no consumo e nos gastos públicos, mas também causas muito mais profundas associadas à baixa produtividade e competitividade da economia.
Este artigo tem por objetivo mostrar que o Brasil deve rever os parâmetros que guiaram até aqui suas políticas se desejar que a recuperação industrial da grave recessão que atravessa se dê com intensidade e qualidade. As políticas até agora adotadas seguiram princípios equivocados que inibiram a concorrência e, por isso, em vez de incentivar, bloquearam a inovação e as iniciativas empresariais.