Cardoso Fernando Henrique

Na era Biden, o Itamaraty ‘trumpolavista’ ficará falando sozinho

Paulo Sotero 04 janeiro 2021

De volta a Washington, em dezembro de 2013, depois de quase quatro anos como embaixador em Brasília, Thomas A. Shannon recordou afirmação que havia feito ao partir para a missão sobre o efeito salutar da crescente conectividade das sociedades dos dois países, já visível então, a despeito da distância e das turbulências ocasionais do diálogo oficial. Durante palestra no Wilson Center, Shannon lembrou: “Eu disse que nossas sociedades e nossos povos — e não nossos governos — se tornariam os principais motivadores de nosso relacionamento”. A presciente observação do diplomata, aposentado em 2018 como vice-secretário de Estado, revela o desafio criado para o Brasil pela eleição à Casa Branca, do centrista Joe Biden, e a fragorosa derrota por ele imposta ao populista Donald Trump, cujo arremedo tropical, Jair Bolsonaro, permanecerá no Palácio do Planalto.

Anos 2020, antecedentes e agendas

Paulo Hartung 08 janeiro 2020

A agenda desta reflexão é conduzida por uma pauta central: o tempo. Fui convidado a pensar sobre as perspectivas político-econômicas para 2020, considerando-se os acontecimentos recentes e fatos decisivos do próximo ano.
Para Santo Agostinho, nas suas Confissões, “talvez fosse próprio dizer que os tempos são três: presente das coisas passadas, presente das presentes, presente das futuras. Existem, pois, estes três tempos na minha mente que não vejo em outra parte: lembrança presente das coisas passadas, visão presente das coisas presentes e esperança presente das coisas futuras”.

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