Analistas políticos costumam ser convidados a exercer uma versão supostamente laica da profecia. Pede-se que projetem cenários futuros prováveis ou, mesmo, certos. Um bom antídoto para esse convite, e para a tendência à hybris a que ele remete, chama-se “maio/junho de 2013”. Em 1º de maio de 2013, a reeleição da presidente Dilma parecia garantida. Dois meses depois, após as manifestações que tomaram as ruas, numa versão nova de ser “contra tudo o que está aí”, sua popularidade tinha caído pela metade e nada mais estava seguro.
O artigo discute o poder dos diferentes atores envolvidos na educação, no Brasil. Segundo os autores, o mec é poderoso pela via dos fundos e das avaliações. E os piores exemplos de clientelismo estão nos municípios menores. Nos municípios pequenos, o poder do diretor é menor, pois depende diretamente do secretário e do prefeito. A grande transformação recente é a presença de outros grupos da sociedade civil. O empresariado inovou em muitas linhas de atuação direta nas escolas públicas. Também a imprensa passou a se preocupar com os reais problemas da educação e menos com o piolho nas escolas.