Não há como enfrentar a crise provocada pela pandemia sem a ação do Estado. O isolamento, imposto por lei ou por medo do contágio, provoca uma parada na economia. Diferentemente da crise financeira de 2008, essa é uma crise da economia real.
A palavra corporativismo tem sido usada e abusada no Brasil, que vive uma experiência democrática mais consciente das dificuldades da implementação da igualdade como um valor. Se essa demanda de mais igualdade está, como penso, na raiz de inúmeros conflitos, o corporativismo surge como uma reação – no melhor estilo do “Você sabe com quem está falando?”. Pois não há nenhuma dúvida de que viver democrática e igualitariamente implica um permanente exercício de resguardar privilégios corporativos, tornando-os corporativistas.