Governo vê com grave preocupação escalada militar no Oriente Médio
Trump e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, esperam que os ataques acabem com o programa nuclear do Irã de uma vez por todas. A operação soará a sentença de morte para a ordem global pós-Segunda Guerra Mundial
Episódio do programa Fala Colunista, em que Felipe Camargo entrevista o professor da Universidade de Denver Rafael Ioris fala sobre a estratégia brasileira na política internacional
Embora Trump continue a pressionar o Irã para aceitar um acordo, as negociações estão fora de cogitação por enquanto. Trump não conseguirá persuadir Netanyahu a interromper a campanha de bombardeio para reiniciar as negociações
A forma como o Brasil se colocou revela mais do que pretende esconder. É uma resposta que parece moldada para não comprometer ninguém, tampouco oferecer qualquer consequência prática. O Brasil reagiu de forma rápida, mas não ousou sair da moldura confortável das fórmulas diplomáticas genéricas. A crise, no entanto, exige bem mais que isso
A ampla rejeição popular e a voz das ruas tornam a extrema direita de Netanyahu e a autocracia repressora de Khamenei dois regimes muito parecidos. Mas as semelhanças param por aí. Netanyahu foi salvo por três guerras insufladas por seu governo. Em contraste, para a República Islâmica, uma guerra direta com Israel sempre foi o grande fantasma a evitar. O desenrolar desse cenário de visões antagônicas a respeito da guerra parece desacreditar o ditado popular – quando um não quer, dois não brigam.
Em meio à atração econômica da “Nova Rota da Seda” da China e a pressão política dos EUA contra a influência de Pequim na América Latina, resta ao Brasil uma terceira via: a do “pragmatismo responsável”, do chanceler Azeredo da Silveira, a política altiva e independente que o Itamaraty adotou nos momentos mais difíceis do nosso período militar: são os nossos interesses soberanos que indicarão o melhor caminho
No mesmo ano em que será também anfitrião da COP 30 em Belém, consolidando uma sequência inédita de liderança em fóruns multilaterais iniciada com a presidência do G20 em 2024. Esse alinhamento reforça o protagonismo diplomático brasileiro em pautas centrais como desenvolvimento, paz, clima e reforma da governança global — com a luta contra as desigualdades estruturais como eixo transversal
O futuro da Antártida será definido nas próximas décadas. O Brasil está diante de uma escolha estratégica: investir e se manter protagonista, ou correr o risco de ser espectador em um processo de redefinição das regras globais
A dependência excessiva da Europa em relação aos EUA, juntamente com suas próprias divisões políticas e econômicas, representa riscos muito mais significativos para sua sobrevivência do que qualquer ação da Rússia