Trump e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, esperam que os ataques acabem com o programa nuclear do Irã de uma vez por todas. A operação soará a sentença de morte para a ordem global pós-Segunda Guerra Mundial
Duas superpotências nucleares e militares, Israel e EUA, atuam conjuntamente contra quem se opuser a seus interesses e indiretamente defendendo um político israelense controverso
Desejo de enfraquecer inimigos está por trás dos bombardeios de Israel
Embora Trump continue a pressionar o Irã para aceitar um acordo, as negociações estão fora de cogitação por enquanto. Trump não conseguirá persuadir Netanyahu a interromper a campanha de bombardeio para reiniciar as negociações
A ampla rejeição popular e a voz das ruas tornam a extrema direita de Netanyahu e a autocracia repressora de Khamenei dois regimes muito parecidos. Mas as semelhanças param por aí. Netanyahu foi salvo por três guerras insufladas por seu governo. Em contraste, para a República Islâmica, uma guerra direta com Israel sempre foi o grande fantasma a evitar. O desenrolar desse cenário de visões antagônicas a respeito da guerra parece desacreditar o ditado popular – quando um não quer, dois não brigam.
Reunião do premiê de Israel com o presidente Donald Trump chamou a atenção global e certamente definirá o futuro da guerra e do devastado território de Gaza
Trump e Irã são duas forças imprevisíveis, mas a atual fragilidade militar iraniana deve ampliar o espaço para diplomacia. Assim, o trade off entre “pressão máxima” e negociação poderá ser substituído por uma combinação de ambas
Itamaraty reafirma necessidade de cessar-fogo imediato na região
Países com origem histórica semelhante, Israel e Irã vivem escalada de agressões e risco de guerra com uma provável uma reconfiguração de forças no Oriente Médio, derivada da barbárie, da anulação militar do Hamas, do enfraquecimento dos proxies iranianos e da primazia militar israelense
O establishment político iraniano foi criado com base no princípio de desafiar os Estados Unidos e libertar as terras palestinas ocupadas por Israel. Essas coisas estão arraigadas na identidade do Estado iraniano. Portanto, se o Irã não agir de acordo com esse princípio, há um sério risco de minar sua própria identidade