Estudos mostraram como autoridades políticas podem ser cúmplices da violência das milícias e da máfia que ameaçam a agenda ambiental ao dominarem áreas da Floresta Amazônica. A retórica política pode minar a legitimidade das reivindicações indígenas à terra, e a substituição de oficiais técnicos especializados em órgãos ambientais por militares pode levar ao atraso ou obstrução dos processos de resolução de conflitos
O livro “Diplomacia Ambiental” é resultado de dois anos e meio de um intenso trabalho coordenado pelo IRICE junto à USP e oferece uma análise isenta do grau de cumprimento dos compromissos assumidos pelo Brasil em mais de 60 normas internacionais e 15 acordos ambientais
Em artigo, a diplomata Márcia Jabor Canizio faz um diagnóstico da realidade ambiental e gastronômica internacional e lança um alerta para a necessidade de se pensar a atuação brasileira e agir no sentido de garantir a negociação internacional ampla dos cenários que se descortinam
Análise realizada por 62 pesquisadores avaliou mais de 3 mil estudos sobre os ODS e mostra que eles se infiltraram no discurso de políticos e empresários, mas quase nada mudou em suas ações, com registro de poucas novas políticas, instituições ou alocações orçamentárias destinadas a promover objetivos específicos
Eleição inédita de líder colombiano de esquerda amplia ‘onda rosa’ na região, busca integração de países vizinhos e promete uma política ambiental mais proativa e responsável na Amazônia, assumindo projeção que foi perdida pelo Brasil, explica a professora de relações internacionais Fernanda Nanci Gonçalves; com um projeto distinto dos progressistas eleitos, governo de Jair Bolsonaro fica ainda mais isolado internacionalmente e não consegue exercer liderança
Além dos danos ambientais, estudos mostram que o desmatamento ameaça direitos humanos, em particular os direitos à vida, à integridade física, a uma qualidade de vida razoável e à dignidade das comunidades marginalizadas. O Brasil é um dos casos mais preocupantes nesse sentido e, sob Bolsonaro, multiplicaram-se as redes criminosas que acentuam a destruição na Amazônia
A Conferência de Estocolmo, realizada em junho de 1972, foi um ponto de virada na forma como o mundo pensava sobre o mundo natural e os recursos que todas as nações compartilham, como o ar; ao completar cinco décadas, mundo tem uma importante oportunidade para pensar sobre os direitos e responsabilidades de desenvolvimento para o futuro, usando a diplomacia ambiental hoje para preservar e regenerar a Terra
Mundo vive uma reviravolta no campo energético e começa a redescobrir a energia nuclear como fonte sustentável ao mesmo tempo ‘verde’ e independente de condições climáticas graças à revolução dos pequenos reatores nucleares modulares (PRMs); é preciso vencer velhas desconfianças para que o Brasil não perca a oportunidade de voltar à vanguarda nuclear
Álbum de Bowie que alertava que a Terra estava morrendo foi lançado no último dia de um encontro marcante na Suécia para discutir o futuro do planeta. A Conferência de Estocolmo, que começou em 5 de junho de 1972, foi a primeira conferência das Nações Unidas sobre o ambiente humano e o ponto de partida para a governança ambiental global
Luciana Wietchikoski analisa a visão de think tanks estrangeiros sobre o Brasil, revela piora da percepção sob Bolsonaro e explica que a interpretação deles permite entender como as elites políticas que permeiam o debate e a tomada de decisões em política de três grandes potências interpretam a posição do Brasil no cenário político internacional atual