No Brasil, país com a maior população católica do planeta, e sob um governo que se apresenta como defensor da justiça social, da diplomacia climática e da multipolaridade, a escolha do novo Papa será acompanhada com atenção política. O futuro pontífice poderá se tornar um aliado estratégico ou representar um desafio às pautas sociais e ambientais do governo de Luiz Inácio Lula da Silva
O Brasil deve mesmo afirmar sua soberania e seu papel singular como país continental, democrático, multicultural e vocacionado à mediação. Mas afirmar soberania não pode significar abdicar da responsabilidade de se posicionar com clareza em temas fundamentais da ordem internacional
Em momento crítico da história mundial, a memória instiga reflexões sobre o papel das universidades, das instituições internacionais, da educação voltada para o conhecimento e para a ética
“Perdemos o líder religioso mais importante deste primeiro quarto do século 21. Papa Francisco não era apenas um papa. Ele era um papa preocupado com a guerra de Gaza, com a fome, com as coisas que afligem o povo do mundo inteiro”, avaliou o presidente
Para que o BRICS+ avance em direção a uma real reconfiguração das hierarquias internacionais, é imprescindível fortalecer a coordenação entre seus membros e aprofundar os vínculos de cooperação com outros países em desenvolvimento. Isso implica reforçar o multilateralismo em áreas estratégicas como comércio, investimentos, tributação, endividamento e financiamento climático
Na 2ª Conferência FAPESP 2025, o antropólogo e etnólogo francês Michel Agier expôs os limites éticos e políticos da sociedade contemporânea. E propôs os conceitos africanos de Zumunti, Teranga e Ubuntu como horizontes cosmopolíticos para uma vida em comum
Com sua morte, Francisco deixa um legado inacabado. Sua tentativa de reconstruir a Igreja a partir da humildade, do encontro e da justiça ressoa com especial força no Brasil. Mais do que reformas doutrinárias, ele plantou uma espiritualidade encarnada, que inspira comunidades a seguir construindo uma fé viva, crítica e comprometida com os excluídos.
Lula argumentou que é preciso diversificar as relações comerciais e procurar novos parceiros e aprendizados. Caso contrário, os países latino-americanos podem viver “mais um século pobres”
“Há uma revolução na recuperação da indústria deste país”, diz Lula
Avesso ao luxo, religioso via compromisso com questões sociais como consequência direta da fé cristã, dizem teólogos