O Resgate da Defesa Nacional

Mario Cesar Flores 01 abril 2014

A defesa nacional não desperta interesse. Nosso poder militar é visto mais em seus papeis influentes no cotidiano e na sín­drome da insegurança pública do que como ins­trumento de defesa. O preparo militar da Aero­náutica é irrelevante, mas a crise dos controlado­res de voo a evidenciou, porque ameaçava o transporte aéreo. A Marinha é cobrada quando ocorre acidente até com embarcação de recreio. Já o seu preparo militar não merece atenção.

Decreto sobre Museus: Direto ao Ponto

Pedro Mastrobuono 01 abril 2014

A edição anterior da Interesse Nacional trouxe artigo, titulado “Revolução do Mundo do Museus” que merece refle­xão. Consistente em uma longa explanação sobre a evolução da importância social dos museus, li­mita-se tal artigo a tão somente mencionar a existência do Decreto 8.124 de outubro de 2013, sem ao menos tangenciar qualquer de seus pon­tos mais polêmicos, passando, assim, totalmente à margem de toda a discussão que vem repercu­tindo fortemente na mídia nacional.

Uma Certa Ideia de Brasil

César Benjamin 01 abril 2014

Muitos motivos se somaram, ao longo da nossa história, para dificultar a tarefa de decifrar, mesmo imperfeitamente, o enig­ma brasileiro. Já independentes, continuamos a ser um animal muito estranho no zoológico das nações: sociedade recente, produto da expansão europeia, concebida desde o início para servir ao mercado mundial, organizada em torno de um escravismo prolongado e tardio, única monar­quia em um continente republicano, assentada em uma extensa base territorial situada nos trópi­cos, com um povo em processo de formação, sem um passado profundo onde pudesse ancorar sua identidade. Que futuro estaria reservado para uma nação assim?

Desafios e Perspectivas da Economia Brasileira

1.  Introdução
Em 2010, a revista The Economist apontou o Brasil em matéria de capa, na qual louvava o bom desempenho da economia e as pers­pectivas positivas que se abriam para o país. Três anos depois, a revista publicou reportagem argu­mentando que a economia desandara, pedindo a cabeça do ministro da Fazenda. Não é difícil ver por que a revista mudou tão radicalmente de ideia. O crescimento do PIB despencou de 4,3% ao ano, em 2005-2010, para 2,0% anuais, em 2011-2013, enquanto a expansão do investimen­to caiu de 9,2% para 2,3% ao ano. Além disso, neste último triênio, a inflação média ficou em 6,1% ao ano, e o déficit em conta corrente au­mentou 1,5% do PIB.

Eleições 2014

Analistas políticos costumam ser convi­dados a exercer uma versão suposta­mente laica da profecia. Pede-se que projetem cenários futuros prováveis ou, mesmo, cer­tos. Um bom antídoto para esse convite, e para a ten­dência à hybris a que ele remete, chama-se “maio/junho de 2013”. Em 1º de maio de 2013, a reeleição da presidente Dilma parecia garantida. Dois meses depois, após as manifestações que tomaram as ruas, numa versão nova de ser “contra tudo o que está aí”, sua popularidade tinha caído pela metade e nada mais estava seguro.

Segurança Pública e seus Grandes Desafios

As manifestações de junho de 2013 colhe­ram um país que nunca teve tradição em movimentos sociais com grande aden­samento popular.
Não fossem as manifestações no longínquo 19 de março de 1964, com a “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”, e, 28 anos depois, com o movimento estudantil dos “Caras Pinta­das”, na mobilização pelo impeachment de um presidente da República, poder-se-ia dizer que esse movimento foi inédito.

O Legado e o Público

Mais do que o futebol ou as chances de outro título para a seleção brasileira, a Copa do Mundo colocou no centro do debate uma pauta até então pouco valorizada pe­la população em geral: o custo/benefício dos in­vestimentos. Só no Rio, a conta público-privada para a preparação da cidade para grandes eventos chega a R$ 40 bilhões.

Copa de Altos Custos e Poucos Benefícios Frustra o País

Claudia Safatle 01 abril 2014

“Você conhece uma favela do Rio de Janei­ro? Você já viu a seca do Nordeste? E você acha que eu vou gastar dinheiro com estádio de futebol?” Essa teria sido a res­posta do presidente da República, general João Baptista Figueiredo, ao presidente da Fifa, João Havelange, quando este, em março de 1983, ofe­receu ao governo brasileiro a possibilidade de o Brasil sediar a Copa do Mundo de 1986.

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