Foi em 2008, quando a economia mundial por pouco não entrou em colapso, que um pequeno grupo de cariocas percebeu o que milhões de brasileiros já vinham pressentindo, mas não tinham clareza ou coragem de constatar: o modelo de desenvolvimento brasileiro do governo do PT sob a liderança de Lula da Silva não tinha como dar certo. Desde sua posse em 2003, o governo do PT arrancava da sociedade 7% a mais em impostos, ano sobre ano. No entanto, gastava 10% a mais também ano sobre ano.
O recrutamento de novos filiados costuma ser tarefa primordial para partidos políticos.[1] Para as agremiações que buscam ascensão como forças verdadeiramente representativas, a renovação de lideranças também tem importância estratégica. Mas, quando os partidos passam a ter dificuldades de incorporar novas figuras, muitas das quais lideranças profissionais e sociais em busca de legítima ocupação de espaço público, a sociedade reage.
Este artigo visa trazer à luz a discussão sobre as causas estruturais que o Brasil precisa vencer e como vem se dando o modelo de atuação do Centro de Liderança Pública (CLP) no que se refere à mobilização da sociedade em prol desta agenda.
O CLP é uma organização sem fins lucrativos e apartidária, criada em 2008 com o objetivo de melhorar o Estado brasileiro por meio da formação de líderes públicos que querem transformar o país e da mobilização da sociedade por mudanças estruturais necessárias para o fortalecimento das instituições democráticas e o aumento da qualidade da gestão pública brasileira.
A instabilidade política, econômica e social que não só o Brasil, mas pela qual todo o globo passa, traz à luz as dificuldades da governança democrática atual para a tomada de decisões que deem conta da complexidade dos problemas de uma era globalizada. Revela, também, a dificuldade dos sistemas democráticos contemporâneos em direcionar o desenvolvimento, seja local, regional ou global, para bases econômicas social e ambientalmente sustentáveis.
Interesse Nacional enviou este questionário a vários grupos ou movimentos espalhados por todo o País que têm por objetivo revigorar o sistema político brasileiro com práticas éticas, transparentes e a favor do interesse público. A preocupação da Revista, neste número, é mostrar ações da sociedade civil, um pouco daquilo que está acontecendo fora do âmbito do Executivo, do Judiciário e do Legislativo.
Os 14 anos da política externa desenvolvida pelos governos do Partido dos Trabalhadores (PT) merecem um estudo mais sistemático. Embora não haja a pretensão de esgotar o assunto, parece apropriado fazer um balanço dos resultados das opções estratégicas assumidas desde 2003 e algumas acentuadas a partir de 2011.
A eleição do presidente Lula trouxe uma visão diferente de mundo: dualidade entre os países ricos e pobres; combate à opressão capitalista e imperialista; e mudança da dependência externa brasileira.