Novo governo dos EUA cria novos desafios para as exportações brasileiras, mas a perspectiva é que o país consiga manter o nível de vendas ao exterior ao longo do ano
A América Latina permanece uma prioridade histórica e estratégica para os Estados Unidos, que têm mais de dois séculos de presença econômica e geopolítica na região e buscam preservar a todo custo ativos fundamentais. Ações do novo presidente sugerem tempos desafiadores para, especialmente em um contexto de disputas econômicas e políticas globais cada vez mais acirradas
Após denúncias de fraude nas eleições e ampla contestação internacional, presidente venezuelano deve assumir um novo mandato em meio a um clima tenso e de grande repressão contra a oposição, criando um ambiente de incerteza para o país
Romper completamente os laços com a Venezuela seria pouco vantajoso. Manter relações funcionais e bases sólidas, ainda que menos acolhedoras do que no início do terceiro mandato de Lula, parece ser o caminho mais sensato para o governo brasileiro nesse contexto
Em 2025, 14 países da América Latina e Caribe irão às urnasChile, Bolívia e Equador terão eleições presidenciais este ano
O Project 2025 alega que a China está conquistando a América Latina por meio de empréstimos e investimentos que, desde 2005, já teriam ultrapassado US$ 240 bilhões, seja via entidades estatais ou não. Para os conservadores, a entrada de países latino-americanos na Nova Rota da Seda é um risco à segurança nacional estadunidense
O presidente eleito dos Estados Unidos está completando o time no Departamento de Estado para cuidar da América Latina, o que pode colocar pressão sobre o Brasil e a região
Posses de Maduro e Trump vão colocar a situação do país no centro das atenções, gerando pressão também sobre o Brasil, que não reconhece a vitória do venezuelano e tem tido dificuldades em atuar em favor dos exilados na embaixada da Argentina
Ao longo desse primeiro ano de governo, Milei não apenas desafiou os paradigmas da política tradicional argentina, mas também expôs os limites de uma abordagem radical à governança. Enquanto suas promessas de ruptura conquistaram apoio em um momento de desespero nacional, os custos sociais e institucionais de suas ações colocam em dúvida a viabilidade de seu projeto político
Novo governo em Washington deverá promover uma visão mais ideológica na América Latina, via atuação do Departamento de Estado. A OEA poderá ser um instrumento ativo para os objetivos da política externa americana