Segundo o ministro, o impacto sobre a economia brasileira ainda não foi avaliado e o governo ainda está levantando informações para decidir se reagirá à sobretaxação em 25% do aço e do alumínio importados pelos Estados Unidos
O país da América do Norte é o maior comprador do aço brasileiro. Segundo dados do Instituto Aço Brasil, em 2022, os EUA compraram 49% do total do aço exportado pelo país. Em 2024, apenas o Canadá superou o Brasil na venda de aço aos Estados Unidos.
Historicamente, as tarifas alfandegárias têm sido utilizadas como ferramentas de proteção econômica, regulando o comércio e protegendo indústrias nacionais da concorrência estrangeira. Entretanto, sua aplicação como instrumento de coerção política representa um desvio significativo dessa função tradicional. Em vez de servirem como mecanismo de equilíbrio comercial, passam a ser empregados para pressionar decisões políticas e diplomáticas, ampliando a instabilidade global.
Pesquisador especializado na formação de preços dos alimentos no Brasil, José Baccarin contesta a ideia de que problemas na oferta foram a causa para disparada da inflação no setor, e diz que demanda do mercado internacional por commodities como café e carne, além da alta do dólar, levou produtores nacionais a buscarem patamares mais elevados de ganhos. “O governo precisa voltar a pensar no aspecto do abastecimento, que estava um pouco de lado, até pelo sucesso da produção agrícola”, diz.
Brasil teve dificuldade para se posicionar como um ator relevante e desenvolver sua indústria de sais de lítio na década de 1990. A indústria brasileira de lítio avançou, mas seu pioneirismo segue subestimado, inclusive dentro do país
Para Marcelo Fernandes Oliveira, especialista em relações internacionais no câmpus da Unesp, em Marília, a ideia de uma liderança norte-americana gerando bem estar para os parceiros, que predominou desde meados do século 20, está acabando. Nova ordem coloca os Estados Unidos como prioridade e tem a China como principal adversária
Novo texto combina um torniquete de dogmas e exigências supostamente verdes com uma miscelânea de regras que não atribuem um papel de liderança à hierarquização do volume e da qualidade das trocas; a necessidade de promover o crescimento econômico ou fluxos de investimento e cooperação tecnológica
A recente posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos marcou um retorno à agenda soberanista, caracterizada por críticas ao livre comércio, ceticismo em relação às organizações internacionais e valores conservadores.
Novo governo dos EUA cria novos desafios para as exportações brasileiras, mas a perspectiva é que o país consiga manter o nível de vendas ao exterior ao longo do ano
Em seus primeiros meses no poder, Claudia Sheinbaum desenvolve um projeto nacional de médio e longo prazos, apesar das dificuldades internas com a violência, a questão da imigração e as ameaças de Trump. Chegou a hora o Brasil negociar um amplo acordo comercial com o país