A ofensiva dos EUA contra o Brasil combina pressões comerciais, sanções indiretas e investigações por práticas desleais, em meio a tensões políticas e tecnológicas. A retaliação inclui tarifas de 50%, ameaça de sanções por importações russas e investigações sobre o marco regulatório digital brasileiro, influenciada por lobby das Big Techs. A falta de diálogo político de alto nível entre os governos acirra o conflito e enfraquece a capacidade de resposta de Brasília
Professor de relações internacionais analisa os desdobramentos políticos, comerciais e sociais do anúncio de tarifas de importação feitas por Donald Trump
A retórica inflamada de Trump, caracterizada por anúncios inesperados e prazos alterados, gera um ambiente de profunda imprevisibilidade econômica e volatilidade nos investimentos. Esse desalinho dificulta o planejamento de longo prazo para empresas e governos, promovendo um ambiente instável que fragiliza mercados e reduz a confiança global
O choque externo da tarifa de 50% imposta pelos EUA aos produtos brasileiros pode forçar o Brasil a abrir mais seu mercado, gerando benefícios estruturais que o governo reluta em adotar por conta própria, num cenário eleitoral já polarizado e fiscalmente pressionado. A absoluta irracionalidade lá poderá produzir alguma racionalidade cá
Vendas para americanos passaram de 24,4% para 12% do comércio exterior brasileiro
O desafio enfrentado pelo Brasil e demais potências médias (para não mencionar aqueles que até aqui eram considerados aliados dos Estados Unidos), diz respeito, não apenas à proteção de suas economias, mas também do espaço necessário para a formulação de uma política externa autônoma
Neste episódio da entrevista semanal com o embaixador Rubens Barbosa, o tema central são as tarifas de Donald Trump ao Brasil, suas consequências e o que esperar das negociações que virão. Além disso, Barbosa também aborda os novos ataques em Gaza e quais as possibilidades de um cessar fogo no Oriente Médio.
Reportagens sobre a taxação de tarifas globais de Trump são as mais publicadas na segunda semana de julho, sendo que os sete jornais analisados, pelo iii-Brasil, abordam a impactante questão “trumpista” quase diariamente sobre as medidas aplicadas à vários países e ao Brasil.
O que o Brasil pode aprender com os casos anteriores? Talvez o principal ensinamento esteja na postura de altivez serena. A presidente do México, Claudia Sheinbaum, foi exemplar. Falou ao povo mexicano, recusando-se a subir ao picadeiro de Trump
Do ponto de vista jurídico, a medida colide frontalmente com os parâmetros do direito internacional. A Organização Mundial do Comércio (OMC) exige que tarifas sejam implementadas com base em fundamentos econômicos legítimos, não como retaliação a julgamentos de assuntos internos pelo Poder Judicial de um país soberano