A decisão dos EUA de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros expôs falhas diplomáticas do Brasil e o uso político do comércio por Trump, mas a firme reação brasileira e o pragmatismo histórico indicam que o foco se voltará à negociação para proteger indústria e agro. Mesmo em meio a tensões ideológicas, o interesse nacional deve prevalecer, como em crises passadas, até que as relações bilaterais retornem à normalidade
Grupo das sete maiores economias do mundo tomou uma decisão que abalou o sistema fiscal internacional: as multinacionais sediadas nos Estados Unidos (e, em parte, no Reino Unido) passaram a ser isentas do complemento do imposto mínimo global de 15%
Artigo publicado na edição de número 70 da revista Interesse Nacional avalia a liderança do Brasil em produção de carne bovina
Neste episódio, as professoras Fernanda Nanci Gonçalves e Patricia Nasser de Carvalho trazem uma visão da política ambiental nacional e como ela afeta nossas relações de mercado internacional, principalmente o acordo Mercosul x União Europeia
Os EUA estão se reorientando para um confronto de longo prazo na região da Ásia-Pacífico e tentando retirar o Irã do contexto geoeconômico construído pela China e pela Rússia através da rota Transcaspiana, disse o historiador e pesquisador de conflitos armados e de geopolítica Rodolfo Queiroz Laterza
Embora o foco esteja nas duas maiores economias do mundo, os efeitos indiretos desse pacto devem ser sentidos em países como o Brasil, que ocupa papel ambivalente na geoeconomia global: potência agrícola, mas dependente de insumos externos para tecnologias avançadas e energias limpas
Jornal francês Le Monde publicou uma entrevista exclusiva com o presidente, que tratou de acordos comerciais e das contradições entre a proteção da Amazônia e a exploração de petróleo no norte do país
O Pacto Verde Europeu e novas regras ambientais da UE impõem desafios às exportações brasileiras e às negociações do Acordo Mercosul-UE. Entre pressões por padrões sustentáveis, tensões diplomáticas e contradições internas, o Brasil busca equilibrar defesa de sua soberania regulatória com a necessidade de preservar credibilidade ambiental e garantir acesso ao mercado europeu.
Estagnado nos últimos anos, bloco se vê diante da possibilidade de um importante acordo com a UE, que tem o potencial de dar um novo alento aos países sul-americanos, impulsionando negócios e ampliando a sua inserção internacional
Em meio à atração econômica da “Nova Rota da Seda” da China e a pressão política dos EUA contra a influência de Pequim na América Latina, resta ao Brasil uma terceira via: a do “pragmatismo responsável”, do chanceler Azeredo da Silveira, a política altiva e independente que o Itamaraty adotou nos momentos mais difíceis do nosso período militar: são os nossos interesses soberanos que indicarão o melhor caminho