Daniel Buarque: O Brasil e o continente esquecido pela geopolítica

Em meio a tensões globais, América Latina pacífica e distante de conflitos acaba ficando distante e isolada de disputas entre as grandes potências. Posição dá mais liberdade de ação a governos locais, mas dificulta na busca por relevância internacional
Sergio Abreu e Lima Florêncio: A Guerra entre Israel e Irã

O conflito em Gaza tem resultado imponderável porque depende não só do combate no terreno, mas também da opinião pública norte-americana e do dilema iraniano. Para embaixador, assim como a Guerra do Vietnã, confronto atual pode ser decidido pela política em Washington e não pelas armas
Daniel Buarque: O apelo moral do Brasil na ONU e a realpolitik

Discurso do chanceler no Conselho de Segurança revela visão ingênua da geopolítica e tenta mobilizar potências interessadas em poder apenas com argumentos sobre a guerra
Daniel Buarque: Fracasso de resolução brasileira na ONU expõe limites da capacidade de mediação do país

Na Presidência da principal instituição da ONU, Brasil atuou de forma proativa e teve a chance de mudar sua imagem e ampliar seu prestígio. Rejeição de proposta brasileira reforça a ideia de que as grandes potências não reconhecem a sua relevância em questões de segurança global
Rubens Barbosa: O impacto da crise provocada pelos ataques terroristas do Hamas contra Israel

Conflito gerou tensão em todo o mundo e corre o risco de se expandir pela região. Para embaixador, a relação entre Israel e a Palestina só poderá sair do impasse de mais de 70 anos se for desenhada uma nova abordagem a partir da substituição das atuais lideranças em Tel Aviv e na Autoridade Palestina
Daniel Buarque: Em meio a conflitos, Brasil pode aproveitar presidência do Conselho de Segurança para tentar negociar paz e ampliar seu status

Visto tradicionalmente como país que não toma decisões e fica em cima do muro, o Brasil não é reconhecido como ator importante nas grandes questões globais. Em novo contexto de tensão internacional, país pode aproveitar a liderança na principal instituição da ONU para mudar sua imagem e se mostrar relevante para a segurança global
Rafael R. Ioris: Lula na ONU – O Brasil voltou

Presidente discursou de forma assertiva e propositiva na Assembleia Geral das Nações Unidas. Para historiador, momento consagra o retorno do Brasil ao mundo como nação democrática e que tem um papel central na promoção de causas progressistas, tanto no ambiente doméstico, como no cenário internacional
Rubens Barbosa: Lula na ONU

Em discurso de abertura da Assembleia Geral, presidente fugiu da regra dos últimos anos ao se dirigir ao mundo em vez de focar nos temas domésticos do país. Para embaixador, Brasil demonstrou interesse em ter um papel de liderança internacional, buscando um lugar de destaque nas relações globais
Sergio Abreu e Lima Florêncio: O Brics ampliado e a PEB – Ideias fora do lugar?

Expansão do bloco de países emergentes dilui a influência dos membros originais e consolida a China como hegemonia em crescente polarização com o Ocidente. Para embaixador, mudança traz riscos para o Brasil pelo anacronismo de ameaçar o não alinhamento com potências e pelo paradoxo doméstico entre democracia e autocracia
Daniel Buarque: A expansão do Brics e a ilusão do protagonismo brasileiro

Críticos apontam que a voz do Brasil no grupo perde força com a inclusão de novos países, indicando que o país ‘cedeu’ a liderança dos emergentes à China. Histórico mostra, entretanto, que a presença do país no Brics já foi muito questionada, e o Brasil foi o país do grupo que menos ampliou seu status