O Brasil que se tornou uma espécie de showcase para o restante da América Latina, com tarifas que impedem qualquer lampejo de competitividade para alguns setores exportadores nacionais, a estratégia lembra a do valentão da escola fundamental que vive tomando o lanche dos mais frágeis e se gabando de suas atitudes viris
A Casa Branca coloca os EUA em primeiro lugar em tudo, desafiando os quase 200 outros países do mundo inteiro
Neste episódio do programa em que o embaixador Rubens Barbosa responde a perguntas enviadas pelo público o tema central é a imposição de tarifas pelo governo dos Estados Unidos, com nova data para entrar em vigor e uma série de exceções, bem como a reação política dentro dos EUA.
Economista explica processo histórico que levou moeda americana a se consolidar como única referência para trocas econômicas, impulsionado por antiga vinculação com o ouro e pela ascensão dos EUA como potência após a Segunda Guerra. “A China, que possui grandes reservas em dólar e superávits enormes com os demais países, não demonstra interesse em mudar esse sistema agora”, diz.
Entre a guerra comercial e pressões internacionais, Brasil é o país mais afetado pelo tarifaço dos EUA. A aplicação das tarifas foi adiada para o dia 7 de agosto
Embora nem todas as medidas tenham sido implementadas, a simples sinalização já criou grande incerteza nos mercados, abalou a confiança dos investidores e lançou sombras sobre as perspectivas econômicas
Ao contrário do mundo dos blogueiros de extrema direita, o mundo da economia real, e particularmente o do comércio internacional, não é beneficiado por instabilidade e imprevisibilidade. Ao redor do mundo, há mercadorias apodrecendo e enferrujando nos portos
Esta foi a primeira vez na história recente que a posição oficial dos EUA é que uma nação estrangeira deve enfrentar punições econômicas severas, a menos que seu governo atual contorne ilegalmente o papel constitucional do judiciário para impedir uma grande investigação contra alguém acusado de crimes graves
A ofensiva dos EUA contra o Brasil combina pressões comerciais, sanções indiretas e investigações por práticas desleais, em meio a tensões políticas e tecnológicas. A retaliação inclui tarifas de 50%, ameaça de sanções por importações russas e investigações sobre o marco regulatório digital brasileiro, influenciada por lobby das Big Techs. A falta de diálogo político de alto nível entre os governos acirra o conflito e enfraquece a capacidade de resposta de Brasília
O choque externo da tarifa de 50% imposta pelos EUA aos produtos brasileiros pode forçar o Brasil a abrir mais seu mercado, gerando benefícios estruturais que o governo reluta em adotar por conta própria, num cenário eleitoral já polarizado e fiscalmente pressionado. A absoluta irracionalidade lá poderá produzir alguma racionalidade cá