Encontro tem a oportunidade de deixar o legado de reafirmação do multilateralismo e de estratégias concretas para os problemas globais. É fundamental pensar que o multilateralismo deve ser não só mais representativo, mas também mais justo, enraizado em epistemologias africanas e de outras regiões
Diante da crise do multilateralismo e da crescente disputa entre grandes potências intensificada desde o início do governo de Donald Trump nos EUA, o Brasil busca equilibrar autonomia e alinhamentos estratégicos para defender seus interesses e promover a cooperação Sul-Sul. A trajetória histórica do país revela os desafios e oportunidades para potências médias em um cenário global cada vez mais fragmentado e polarizado
Historicamente, a América Latina foi tratada pelos EUA como uma extensão de sua esfera de influência, sujeita a intervenções econômicas e políticas conforme os interesses de Washington. No entanto, a fragmentação da ordem internacional e a ascensão de novas potências mudaram, ainda que pouco, esse paradigma. Como maior economia da região, o Brasil tem capacidade e obrigação de estruturar uma nova arquitetura de poder baseada na autonomia regional e no pragmatismo diplomático
O Instituto Igarapé e New America convocou uma Força-Tarefa Global, composta por especialistas em IA de toda a América, África e Ásia, para discutir maneiras práticas de melhorar a segurança e o alinhamento da IA
A identidade brasileira se manifesta na relação do país com o Ocidente e o Sul Global de maneira complexa e multifacetada, diz. O Brasil se vê como parte do Ocidente, mas também busca seu espaço no Sul Global, tentando conciliar suas raízes históricas e sua posição no mundo atual