Negócios ilícitos e a nova geopolítica do crime organizado na América Latina

Os professores Leandro Piquet Carneiro e Fábio Ramazzini Bechara consideraram ser preciso discutir o papel central da corrupção dos agentes públicos no processo de expansão dos mercados ilícitos e das atividades criminais organizadas. Os melhores hubs para as atividades ilícitas, são encontrados em regiões que oferecem a combinação entre boa infraestrutura administrativa de serviços e mercado, porém dispõem de instituições com fraca governança e sistema de justiça deficiente.

Notas sobre o avanço da direita no mundo

Rubens Barbosa 05 abril 2024

Rubens Barbosa, presidente do Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior, reflete sobre o cenário político no mundo de hoje, onde se observa o avanço da polarização, estimulada tanto pela esquerda quanto pela direita, o que está se transformando em um sério risco para a democracia pela tendência à radicalização ideológica, de um lado, e pela inviabilização do aparecimento de uma posição moderada de centro, de outro.

Potências médias emergentes e transição de poder no sistema internacional

Os pesquisadores do BRICS Policy Center, Paulo Esteves e
Carlos Frederico Coelho concentram-se aqui na apresentação e análise de dados referentes aos IBAS (Índia, Brasil e África do Sul), e como as comunidades de política externa desses países percebem os processos de transição de poder no sistema internacional. O artigo compreende as percepções e sugere que, tanto o posicionamento de não alinhamento como o de proteção estratégica, indicam que potências médias podem buscar posição de equidistância ou de engajamento com superpotências.

Brasil apoiará a criação do Tribunal Internacional Anticorrupção?

Leopoldo Pagotto 05 abril 2024

O advogado Leopoldo Pagotto levanta o tema das conversações em torno da criação do Tribunal Internacional Anticorrupção (TIA), o qual vai adquirir maior materialidade em 2025. “O Brasil deve ponderar sobre sua adesão à iniciativa. Ainda é desconhecido o conteúdo da proposta do TIA, mas, mesmo assim, politicamente, é possível tecer considerações sobre as vantagens para a política externa brasileira endossar a proposta”. Seu artigo propõe analisar as vantagens para o País aderir à ideia do TIA.

Forças Armadas e a crise institucional na área de Defesa do Brasil

Julio C Rodrigues 05 abril 2024

Júlio C. Rodriguez, professor de Relações Internacionais, aborda o regresso da confiança nas Forças Armadas, que estaria ligado ao regresso delas às suas funções prioritárias e distantes da política nacional. Desta forma, diz ele, é urgente que os militares retornem à caserna, pois o contexto internacional que se avizinha dependerá, cada vez mais, de prontidão e capacidade de mobilização para atuarem externamente. As Forças Armadas devem perceber que a sociedade não apoia o golpismo.

Estratégia para o Brasil na inserção ambiental: aposta na Segurança Multidimensional

Alberto Pfeifer 05 abril 2024

Alberto Pfeifer, coordenador de grupo de análise de estratégia no Instituto de Relações Internacionais da USP, em seu artigo, tenta conciliar a lógica subjacente aos fenômenos das crescentes desigualdade e fragmentação no plano internacional à elevação de importância de um novo tema – a variável ambiental. O desequilíbrio ambiental foi alçado ao patamar de ameaça planetária. É fundamental evidenciar como o Brasil pode tirar proveito de tal condição e aumentar seu poder relativo.

Tempos de insegurança jurídica

Joaquim Falcão 05 abril 2024

O advogado Joaquim Falcão e o procurador de Justiça
Roberto Livianu avaliam que o atual mundo de inconstância, de mudanças frenéticas, de instabilidade climática e com o império do digital trouxe uma avalanche de paradigmas que, nesse tempo de avidez, põe a democracia em xeque: “Será que já não é instituição vetusta para o mundo moderno e rápido? Não seria o príncipe, em todo seu monocratismo por excelência, aquele mais capaz de responder com a celeridade exigida?”

Segurança Pública: antes que seja tarde

Raul Jungmann 05 abril 2024

O político e consultor Raul Jungmann escreve sobre a necessária centralização do combate ao crime na esfera federal, porque acredita que essa medida faz falta ao Brasil e poderia ser promovida por meio de emenda constitucional. “É uma atitude que requer comprometimento, coragem e determinação das lideranças políticas, mas que, ao longo dos anos, não tem contado com a adesão dos governantes e disposição política para assumirem esta responsabilidade”, pondera.

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