Globalização e Integração Regional

Renato Marques 18 setembro 2017

As mudanças anunciadas pelo novo governo – com seus inevitáveis desdobramentos na condução da política externa – constituem um momento oportuno para rever os critérios que orientaram a condução da diplomacia nacional, marcada nos últimos anos pela excessiva ênfase no relacionamento Sul-Sul, pela busca de um acordo na malograda Rodada Doha da OMC, pelo estímulo à improvável concertação de posições no âmbito dos Brics e por iniciativas em favor da multipolaridade, entendida como uma forma de enfraquecer o poder dos EUA em escala mundial.

O Renascimento da Política Externa

No primeiro trimestre de 2014, o então segundo chanceler do terceiro governo lulopetista anunciou, com grande transparência, o início dos chamados “Diálogos de Política Externa”, uma série de exercícios de reflexão a propósito de temas selecionados da diplomacia brasileira, para os quais foram convidados os próprios diplomatas (chefes das diversas áreas do Itamaraty), ademais de funcionários públicos, acadêmicos, líderes do mundo empresarial e representantes dessa vaga entidade chamada “sociedade civil”.

Três Caminhos para Modernizar a Economia Brasileira

Pedro Luiz Passos 18 julho 2016

Na campanha que o elegeu primeiro-ministro no fim de 2015, o então candidato Justin Trudeau questionou o que o Canadá queria ser: um país com indústria que produz o que os outros criam ou que inova e busca a diferença. Na campanha que o elegeu primeiro-ministro no fim de 2015, o então candidato Justin Trudeau questionou o que o Canadá queria ser: um país com indústria que produz o que os outros criam ou que inova e busca a diferença. 

Dilma se Afasta do Itamaraty, e Brasil Perde Espaço no Mundo

O Brasil teve, ao longo de 16 anos con secutivos, presidentes da República com gosto por política externa e com – visões claras e determinadas para o país no cenário mundial. Cada um a seu modo e ambos sujeitos a críticas, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva conduziram as rela- ções internacionais do Brasil dentro dos cânones do Itamaraty, que perduram há mais de um século, e foram capazes, graças às suas características individuais e à ousadia de suas propostas, de elevar a projeção geopolítica do país a patamares sem precedentes.

Desafios do Comércio Exterior

Em 2010, a revista The Economist apontou o Brasil em matéria de capa, na qual louvava o bom desempenho da economia e as perspectivas positivas que se abriam para o país. Três anos depois, a revista publicou reportagem argumentando que a economia desandara, pedindo a cabeça do ministro da Fazenda. Não é difícil ver por que a revista mudou tão radicalmente de ideia.

O Futuro do Mercosul após a Cúpula de Mendoza

Administrador do Site 18 outubro 2012

Tanto o Mercosul quanto a União Europeia (UE) se encontram em uma complexa transição rumo a novas etapas em seus respectivos desenvolvimentos. Em ambos os casos, parece prematuro aventurar-se em prognósticos sobre como elas serão. Os resultados são ainda incertos, mas tudo indica que serão diferentes das etapas anteriores.

Onde Está o Fio Terra?

Denise Chrispim Marin 01 outubro 2010

No governo Lula, o interesse nacional não foi colhido, escutado, mensurado, avaliado, depurado a partir de consultas a setores representativos da sociedade brasileira, fato que torna muitas vezes patético o uso dessa justificativa pelos protagonistas da política exterior, analisa a jornalista e correspondente de O Estado de S. Paulo, em Washington. A ausência desse “fio terra”, o interesse nacional, deu vazão a um estilo personalista de formular e executar a política exterior brasileira nos anos de governo do presidente Lula que, com as eleições de outubro, há enorme chance de ser corrigido, dados os estilos pessoais e a experiência dos principais candidatos.

O Contexto de Política Externa para a Eleição de 2010

O autor aponta algumas possíveis diferenças de enfoque, estilo e prioridade que o próximo governo poderá adotar a partir de 1o de janeiro de 2011 em política externa. O Brasil tem tido políticas de Estado em suas relações internacionais, não de governos, o que é um ativo importante do País. A próxima administração certamente manterá os princípios básicos da política externa. Essa é uma das condições para que o Brasil se mantenha como ator fundamental no cenário geopolítico mundial.

O Impasse de Doha e o comércio externo brasileiro

Rubens Barbosa 01 janeiro 2009

O artigo faz uma análise crítica da política externa brasileira, no atual governo, no campo das negociações comerciais. Para o autor, uma estratégia mais pragmática, que não se prendesse por tanto tempo ao eixo Sul-Sul na Rodada Doha da OMC e fosse mais ativa na construção de novos acordos bilaterais e minilaterais, teria rendido melhores resultados para o país. Além de repensar a estratégia, o Brasil deveria reformular a estrutura e o processo de decisão relativos à política de comércio exterior. Ao final, o autor apresenta propostas com esse objetivo.

A Camex na Formulação da Política de Comércio Exterior

Miguel Jorge 01 janeiro 2009

Apresenta-se, em linhas gerais, o papel de articulação intragovernamental e entre governo e setor privado exercido pela Câmara de Comércio Exterior (CAMEX), na formulação da política de comércio externo do país. As atividades da Câmara, a partir de 2003, são descritas e analisadas. À luz das negociações multilaterais na Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC), argumenta-se em favor do fortalecimento do papel institucional da CAMEX como instância decisória. Rebatem-se críticas comuns a atual política de comércio externo.

Cadastre-se para receber nossa Newsletter