Nos últimos 24 anos, os presidentes da República pediram ao Congresso Nacional a liberação de R$ 76,8 bilhões em créditos extraordinários para ações de emergência. A tragédia gaúcha responde por 15,8% desses recursos
O desmatamento caiu nessa região contínua da Mata Atlântica, que vai do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, onde há as florestas maduras. E aumentou nos encraves e nas transições com os outros biomas
Tragédia no Rio Grande do Sul completa a terceira semana de cobertura intensa na imprensa estrangeira. Artigos e reportagens apontam para o caso brasileiro como exemplo da destruição causada pelo aquecimento global
Pesquisa foi divulgada pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos
Entre as ações, pesquisador cita construções em áreas de alagamento
Especialistas têm insistido que as infraestruturas não podem ser apenas reconstruídas, mas arquitetadas em novos moldes, já adaptadas à realidade de fenômenos climáticos cada vez mais intensos e frequentes
O verdadeiro valor do prejuízo só poderá ser avaliado quando as águas baixarem. As pontes de ontem não aguentam a vazão dos rios de hoje. O mesmo vale para barragens.
Estudos sobre a dimensão socioambiental dos desastres têm ilustrado há várias décadas que a chuva não é a culpada; ela só revela a insustentabilidade da gestão política e econômica do território pelas pressões associadas à urbanização, como a especulação imobiliária e o desmatamento.
A ocorrência cada vez mais frequente e com maior grau de impacto desses eventos está associada aos problemas ambientais causados pelo aumento cada vez maior da população urbana e aos efeitos das mudanças climáticas
Destruição causada por inundações ampliou o número de citações ao país na imprensa estrangeira, aumentando a projeção da sua imagem com uma abordagem neutra